quarta-feira, março 07, 2012

Se calhar, devia ir

Os temas espiritualidade e esoterismo enchem prateleiras de livrarias. A procura é muita, os autores multiplicam-se, bem como as técnicas para alcançar os desejos de cada um.

A astrologia está em alta. Oiço até dizer que há gente importante que não toma decisões sem consultar o seu astrólogo, o que me leva a concluir que passou a ser tão imperioso ter astrólogo como ter médico, advogado ou personal trainer.
Tarot, cartas, búzios, números, pêndulos e outras miudezas mais, atraem milhões.

Eu, aqui sentada na cadeira, todos os dias recebo e-mails com propostas de cursos e workshops sobre o arquétipo de Peixes, a astrologia centrada no indivíduo, viagens da consciência, astrologia do relacionamento, a química dos elementos etc. E não são spam.

Sendo certo que a astrologia não me interessa nada, quando recebi a informação sobre a química dos elementos, dei comigo a pensar:
Se o meu signo é do elemento água, que tipo de água gostaria eu de ser?
Luso, Pedras, Carvalhelhos, Perrier, Evian?

Não, conclui que gostava mesmo era de ser água da torneira – completa mas com muitas impurezas.
Rematei este profundíssimo pensamento retirando a óbvia conclusão: a pensar assim, esta mulher não vai a lado nenhum.
Falta de ambição não vai com os dias de hoje.

Talvez, então, tenha chegado a hora de também eu fazer uma sessão de coaching, ou hélas!,  ir ao astrólogo.
Qualquer dia, menos hoje.


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