Em Espanha, o governo do PP vai alterar a lei do aborto com “o regresso ao sistema anterior, baseado em três pressupostos: violação, malformação do feto ou risco para a saúde da mulher.”
Não sei o que dirão as espanholas. Estarão dispostas a voltar à abortadeira de vão de escada num momento em que mais de cinco milhões de espanhóis estão sem emprego e não se podem dar a esse supremo luxo de ter filhos?
Nas crises, são sempre as mulheres as mais penalizadas, mas o que vivemos já não parece uma crise – assemelha-se mais a uma guerra sem bombas mas igualmente mortífera.As espanholas, eu sei, e não precisam de conselhos, mas, mesmo assim, aqui lhes deixo uma ideiazinha:
Encontrem uma Lisístrata contemporânea.
A da antiguidade organizou uma greve de sexo, assim conseguindo a paz entre atenienses e espartanos. Talvez uma moderna e salerosa Lisistrata consiga de novo ”organizar as tropas”, chamando à luta os seus parceiros para, juntos, obrigarem os políticos (maioritariamente homens) a inverterem a tenebrosa marcha de regresso a um passado de trevas em que as mulheres se queriam dóceis, conformadas e amedrontadas.
É só uma ideia.
«mas o que vivemos já não parece uma crise – assemelha-se mais a uma guerra sem bombas mas igualmente mortífera»
ResponderEliminarQuando se fizerem as contas, se se fizerem, não sei se não será mais mortífera...
Espero que não tenha razão mas sou tentada a concordar consigo.
ResponderEliminarÉ trágico que mentalidades destas ainda consigam vencer eleições!
ResponderEliminarA culpa não é de todo deles... mas de quem os elege!