segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Chefias intermédias

Nos últimos tempos, já todos percebemos que quem manda aqui neste pedacito de terra é uma senhora chamada Angela Merkel, outra chamada Cristine Lagarde e um senhor chamado Mário Draghi ; há ainda uma série de funcionários que gostam de debitar umas coisas mas esses, de facto, não mandam nada, e por isso não me afligem.

O que eu não sabia mesmo é que nesta república, que eu julgava laica, também manda o Papa.

Fiquei a saber, pelo Expresso do último sábado, que o expedito primeiro-ministro, que a maioria dos portugueses elegeu mas todos temos que gramar, afinal nem sequer consegue acabar com os feriados religiosos sem autorização do Papa.

Será santa ignorância, a minha, mas o facto é que tenho vindo a perceber que, por aqui, não há governantes – todos não passam de chefias intermédias equiparadas a, vá lá, a director-geral.

2 comentários:

  1. O mais ridículo no meio disto tudo é que este governo não pudor no que diz respeito ao carnaval sabendo que muitas Câmaras investiram bastante nesta festa como meio de revitalizar o turismo, que ainda é uma prioridade de investimento neste país (não quero com isto dizer que o Governo deva manter essa tolerância de ponto, podia era avisar com meses e não dias de antecedência e escusava de se mandar uns milhões para a rua). Mas para acabar com uns feriados religiosos em Portugal vai pedir a autorização ao chefe de outro estado que não o nosso.

    Lá minha terra sempre ouvi dizer que quem bate nos pequenos e lambe botas dos grandes não é piegas é mas é cobarde (para não ter que chamar outras coisas)

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  2. É a velha questão dos pequenos poderes. Quem não tem os grandes, exerce com veemência os pequenos.

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