Dizem que tinha as costas aquecidas pelo dólar e pela libra mas eu acho que aquilo é tudo mau-feitio.
À pobre da França tirou um A e a nós tirou-nos um B.
Acho mal. O triplo B sempre foi muito cá de casa. Quando eu era pequena, a minha tia Idalina tinha a mania de me pegar na mão para ir à loja do senhor Coelho; nunca percebi se era para não se sentir sozinha ou para não parecer sozinha mas, para o caso, tanto fazia, porque era as duas coisas.
Quer pedisse tecido para um vestido, pano para um lençol ou mesmo fita de nastro ou colchetes, sempre ia dizendo – Já sabe, quero os três Bês. O senhor Coelho respondia com sorriso reverente: A D. Idalina já sabe que nesta loja é tudo Bom, Bonito e Barato.
E foi assim que eu fiz a minha iniciação ao triplo B.
Num instante, vem aquela diva enlouquecida e tira-nos um B sem, ainda por cima, dizer qual. Eu desconfio que seja o de Barato porque a vida está cada vez mais pela hora da morte.
Mas agora fiquei a pensar – e se for o Bom? E se for o Bonito?Uma bruxa, é o que ela é, aquela S&P. Uma bruxa.
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