Três dias depois da manifestação de 15 de Outubro, o PCP realizou também a sua “passeata do contra”, desta feita descendo o Chiado, tal como nas festas de fim de campanha eleitoral.
O PCP não gosta de misturas, nunca gostou, e se algo lhe parece ideologicamente não puro, dá um passo atrás e exorciza – arreda Satanás!
Por isso nunca dá o seu apoio ao que quer que seja que nasça fora da sua sede ou da da CGTP.
Com esta incapacidade de unir as esquerdas em Portugal, os nossos “revolucionários” instalaram-se a conversar no Facebook e, para os simples mortais, o inimigo transformou-se num vago “eles” – o governo, a troika, o patrão, o capital financeiro, as agências de rating, a Europa, em suma, o mundo.
Temos então a rua, num momento destes, a desfilar por “naipes”, sem estratégia, sem coesão, sem objectivo claro e palpável (ser só do contra não basta), o que nos faz parecer um bando de miúdos a brincar às guerras.
Se nada mudar, “eles” vão olhar e sorrir, passar-nos-ão a mãozinha pela cabeça com bonomia e pensarão – lindos meninos, é assim mesmo que os queremos.
Cara M
ResponderEliminarUm post certeiro.
Subscrevo
Cumprimentos
Rodrigo