Sócrates disse no sábado, com a ênfase que lhe conhecemos e aquela mãozinha direita a saltitar para cima e para baixo, "Pois não haverá despedimentos na função pública e o Governo fará o seu dever pondo as contas públicas em ordem sem recorrer a essa agenda liberal de despedir pessoas na Administração Pública",
Quando Sócrates afirma, peremptório, que não fará, o mais certo é vir a fazer.
Talvez ele nem queira mesmo fazer o que faz, talvez ele se queira convencer, e a nós com ele, de que ainda manda alguma coisa, mas o facto é que não manda nada.
Sócrates fará o que Frau Merkel quiser. Se ela lhe disser para despedir, ele despede, se lhe mandar que dance o vira, ele dança, e se lhe ordenar que dispa as calças, ele despe.
Com uma mão à frente e outra atrás, mais não nos resta que sermos todos alemães à força, para o melhor e para o pior.
O pior vai chegar de certeza; quanto ao melhor, não sabemos se algum dia chegará.
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