quarta-feira, janeiro 19, 2011

Portugal pequenino



Há um novo estudo (e são tantos, ultimamente) denominado “As Escolhas dos Portugueses e o Projecto Farol”, que tem como promotores Belmiro de Azevedo, Daniel Proença de Carvalho, Jorge Marrão, António Pinho Cardão, José Maria Brandão e Manuel Alves Monteiro As conclusões, resultantes de um inquérito a 1002 pessoas realizado pela consultora Gf, são surpreendentes.
Entre muitos “mimos” e inúmeras contradições, a conclusão, para mim, mais chocante, foi esta:
Quase metade (46 por cento) dos portugueses considera que as actuais condições económicas e sociais são piores do que há 40 anos
Todos os povos têm a memória curta, não é só o português, mas é preciso fazer algumas perguntas, entre muitas outras possíveis:
 Antes do 25 de Abril, ou há 40 anos, como se quiser:
  • Quantos portugueses tinham carro, e televisão, e frigorífico, e telefone, e habitação própria, e saneamento básico, e electricidade, e água canalizada?
  • Quantos podiam pagar o médico ou a conta da farmácia quando estavam doentes?
  • Quantos podiam estudar tanto quanto quisessem?
  • Quantos iam regularmente ao restaurante?
  • Quantos tinham férias pagas ou, sequer, férias?
  • Quantos viajavam de férias para o estrangeiro?

Quem não viveu a época, que pergunte.
Quem a viveu, que recorde.
Ficar calado quando se ouvem estas barbaridades é crime de lesa-democracia.

Sem comentários:

Enviar um comentário