quinta-feira, janeiro 30, 2014

A velhice é lixada (com f…)















 
 
 
 
Quando acabei de ler este artigo de Mário Soares no Diário de Notícias fiquei, assim, como dizer… envergonhada.
Nunca fui socialista e, muito menos, soarista, mas, caramba, Soares foi Primeiro-ministro e Presidente da República; não é pai da democracia, longe disso, mas é uma das suas referências.

Fica-se triste quando é tão evidente o declínio dum homem. E ainda mais quando a direita trauliteira está com as garras de fora.

O citado artigo, todo ele construído numa escrita demasiado pobre, quase infantil, não é mais que uma amálgama de lugares-comuns, vacuidades, slogans mal alinhavados, populismo básico, falta de pensamento político e até de incompreensíveis “esquecimentos”.

Dizer que o governo está paralisado é mera escrita automática, e escrever que no tempo de Salazar, na província, as crianças andavam descalças mas não passavam fome só se pode deixar passar se acreditarmos que o velhinho está senil; e eu acredito.

Assim sendo, tenho pena que ninguém “tome conta dele”, e o impeça de continuar a escrever estas pobres e patetas redacções, servidas gratuitamente a quem lhe guarda rancor há quarenta anos.

Suspeito que família e amigos talvez tentem, mas também suspeito que a soberba de Mário Soares só a tumba a levará.

Mesmo assim, não gosto de assistir à queda dum homem.
De nenhum homem.
A velhice é f*#%&@!

2 comentários:

  1. Ele sempre foi assim um bocadinho cabontino...a velhice acentuou...ainda assim parece-me que devemos deixá-lo escrever porque um homem é também a sua velhice.
    ~CC~

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  2. Devia ser verdade, CC, mas aprece-me que não é - nestes tempos, os homens não têm direito à sua velhice e ficam muito expostos aos lobos.

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