segunda-feira, novembro 19, 2012

Se não existisse, ninguém o devia inventar

Mas existe, e no dia da Greve Geral ouvi o nosso Presidente Cavaco Silva dizer, textualmente:

«Apesar da greve, não deixei de trabalhar»

Mal pude, fui ver se o Sindicato dos Presidentes da República existia e se tinha aderido à greve.

Pois, não sei se existe, mas pelo menos não entregou nenhum pré-aviso de greve. Se existe, deve ser uma coisa assim bem internacionalista e com centena e meia de filiados, porque os reis não contam e o José Eduardo dos Santos também não.

Porém, fiquei chateada com o Google, porque se o meu presidente admite a possibilidade de fazer greve, é porque deve haver um sindicato que “organize” os presidentes. Ou não?
Talvez, afinal, o sindicato não exista mesmo e por isso ele ande tão “desorganizado”.

Olho-o e vejo um velhinho empertigado, com mais máscara do que cara, transtornado, e muito, muito confuso.
Ora fala muito, ora se cala por um mês inteiro, diz que sim mas que também, não faz sim nem faz também, pouco sai à rua e lê uns discursos fora do contexto.

Tenho sempre muita pena dos velhinhos confusos, e ainda mais dos velhinhos confusos que nem percebem que o estão.
Neste caso, até me condoí dele.

Alguém que lhe dê umas vitaminas, um relaxante muscular, um Centrum, e, sobretudo, alguém que lhe explique que não tem sindicato, e que não é costume os Presidentes da República aderirem às greves gerais – o papel deles, ao contrário, é mais evitá-las.

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