segunda-feira, agosto 13, 2012

Tarefas Infinitas I

Para quem gosta de livros e arte há uma exposição imperdível Tarefas Infinitas – na galeria de exposições temporárias do Museu Calouste Gulbenkian, até 21 de Outubro 2012.

Com curadoria de Paulo Pires do Vale, a exposição está dividida em cinco núcleos, sendo cada um deles introduzido por um pequeno texto que, aqui confesso, não sei quem escreveu – se o curador, se Gonçalo M. Tavares. De qualquer forma, gostei tanto deles como da exposição e, por isso, os vou reproduzir aqui, um por dia, demonstrando assim que a silly season pode ter pérolas dentro.



“Com o infinito nas mãos

Abrir um livro é correr o risco de encontrar o infinito. Ter ao alcance das mãos, nos limites da página, o sem-limites. E de que outro modo poderíamos nós encontrar o infinito senão no finito?
Mensurável, palpável, visível. Nesse espaço aberto e branco da página, nas suas dobras, pode surgir o sem princípio, nem fim, nem centro: o Livro infinito. Liberdade que é também desorientação: perdem-se as certezas e as referências habituais; os caminhos e sentidos bifurcam-se; a noite cerca-nos. Uma espécie de cegueira: o livro abre uma obscuridade essencial. A dos novos começos.”

Imagem do catálogo: Raymond Queneau (1903-1976), Cent mille milliards de poèmes, 1961

2 comentários:

  1. É curiosa a capacidade que a leitura nos dá de nos abstrairmos, até do que mais nos inquieta.
    um grande beijinhos e boas leituras

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  2. Fiquei com curiosidade. Esta semana vou tentar ver! Obrigada pela dica. :)

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