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terça-feira, fevereiro 21, 2012

Já se sabe que os animais são todos iguais, mas há uns mais iguais que outros

Esta notícia do Público, leva-me a uma recorrente interrogação.

Sócrates mentia e já não havia bicho careto que não lhe chamasse MENTIROSO com todas as letras.

Quando será que os mesmos acusadores (é bom lembrar que foi Manuela Ferreira Leite a pioneira no uso do adjetivo) começam a chamar a Passos aquilo que ele é, tanto quanto Sócrates era, – MENTIROSO?!
Deu-lhes agora para a boa educação, foi?


terça-feira, fevereiro 07, 2012

Passos Coelho e o touro de Pamplona

A atuação política de Passos Coelho faz-me lembrar a largada de touros em Pamplona.

Aberta a porta do curro, a besta corre pelas ruas, marra a torto e a direito, corneando pelo caminho vários “piegas” que se meteram com ele e até os que não se meteram com ele.
Mais cedo ou mais tarde, tem o destino de todos os touros: é morto por homens

terça-feira, novembro 29, 2011

Troco um Pedro por uma Isabel

A campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar contra a Fome foi, apesar da enorme crise, mais uma vez um sucesso.
É certo que o Banco e as suas campanhas fazem apelo ao que de melhor há em nós, portugueses – a solidariedade generosa com os que estão em aflições aqui ou em qualquer parte do mundo.

Podemos não dar bom-dia ao vizinho, infernizar a vida do colega, roubar o lugar de estacionamento a quem chegou primeiro, não apanhar do chão o que um mais velho deixou cair, abandonar a velha mãe no hospital durante a Páscoa e o gato nas férias de verão, mas lá que somos solidários com os que não conhecemos mas sabemos que estão em apuros, ah! lá isso somos.

Claro está que o Banco é uma organização exemplar que, ao longo dos anos, ganhou a simpatia e confiança dos portugueses. A maneira como presta contas regularmente aos seus doadores é até estranha em Portugal, e isso leva-nos a confiar na seriedade da organização.
Tem mão da Igreja, é certo, mas o que a Igreja faz bem feito…faz bem feito.

A figura discreta, quase de missionária, de Isabel Jonet, escondeu durante anos aquilo que agora o país inteiro já sabe – que é uma mulher inteligente, determinada, imaginativa, organizadora, séria e com enorme capacidade para dirigir com alto grau de profissionalismo aquilo que já é uma grande organização; tão grande que é capaz de alimentar 329 000 pessoas, não directamente, mas através de 2047 instituições.

É pena que não lhe dê para a política. Gostava de a ver sentada a discutir o orçamento de Estado; não por ser mulher,  nem por eu achar que gerir um país é o mesmo que gerir uma casa, longe disso, é por me parecer que ela sabe o sentido exacto da palavra equidade.
Agora mais do que nunca, por mim, trocava um Pedro por uma Isabel.

sexta-feira, julho 08, 2011

As saídas nocturnas de Passos Coelho

No dia em que, de manhã, levou um murro no estômago, à noite Passos Coelho foi ao teatro com a mulher e algumas filhas.
A escolha recaiu sobre "VIP Manicure - A Crise", com Maria Rueff e Ana Bola, no Casino de Lisboa. (Notícia e foto daqui)
Ainda pensei que, para uma primeira aparição, o Francisco José Viegas lhe recomendasse uma ida ao Teatro Nacional D. Maria, ou ao Teatro Camões para ver a Companhia Nacional de Bailado, ou mesmo ao Festival Ao Largo do S. Carlos que é mais levezinho mas muito agradável. Caramba, sempre são todos pagos por ele com o dinheiro que lhe entregamos, mas, pelos vistos o Francisco José Viegas estava distraído, ou não risca nada p’ra aí, e o príncipe de Massamá ficou-se com a manicure.
Parece que se riram muito. Oxalá não lhe tenha piorado a dor no estômago. Cruzes!

terça-feira, junho 21, 2011

Passos Perdidos de Passos

Confesso, deu-me gozo. De boca seca e cara de pau, ontem à tarde, e ao fim de duas rejeições, Fernando Nobre retirou-se da eleição para presidente da AR.
Deu-me gozo a sua derrota pessoal, que buscou com as próprias mãos.
Se fosse sério, depois duma campanha a dizer mal dos políticos, não aceitaria o convite dum partido e ainda mais para um lugar específico - nada mais, nada menos, que o segundo lugar do Estado. Se fosse sério, quando percebeu os problemas que a sua candidatura trazia ao partido que o convidou, ter-se-ia retirado rapidamente para lhe facilitar a vida, ainda mais num momento em que toda a direita apela ao “entendimento”.
Limitou-se a ser ambicioso, convencido de que valia alguma coisa; verificou agora, com um travo amargo, que não vale nada, que politicamente é zero e que o país o dispensa. Cada vez que foi a votos por si mesmo, perdeu.
Deu-me gozo também que Passos tenha percebido logo no primeiro dia que não terá vida fácil e que, em política, o voluntarismo raramente colhe (nem plano B ele tinha).
Finalmente, fiquei muito intrigada com aqueles dois senhores que se colocaram por trás de Nobre quando este veio fazer a sua declaração de boca seca e que, mal ele acabou, o retiraram dali quase ao colo. Não sei se serão colegas de bancada mas achei que tinham ar de capangas.
Que mau aspecto tinham todos.
Que mau aspecto teve tudo.

terça-feira, junho 14, 2011

Frágil e preciosa - a ciência

Segundo notícia do Expresso de 9 de Junho, o Manifesto pela Ciência em Portugal já foi assinado, em pouco tempo, por 1100 cientistas, empresários e gestores.
Com a mudança de governo, é natural que estes profissionais estejam preocupados. Em Portugal, cada governo gosta de fazer as suas experiências, de deitar fora o que vem de trás, seja bom ao mau, para deixar a sua marca da governação. Assim caminhamos aos solavancos, por vezes com um passo para a frente e dois para trás.
Com uma década de desenvolvimento anémico, a ciência foi uma excepção e é hoje, em Portugal, uma realidade preciosa mas de estrutura frágil. Somos bons nela, se nos forem dadas condições mínimas. Fixámos jovens e menos jovens cientistas portugueses e atraímos muitos estrangeiros. Em 2010, uma notícia do Público, há sensivelmente um ano, dava-nos conta de que Portugal publica por ano 7 000 artigos científicos (cerca de 20 por dia), com relevância internacional, e que o país registou na última década o maior crescimento europeu na área.
No artigo do Expresso, Benedita Rocha Vieira, vice-reitora da Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, Descartes, afirma: “ A riqueza de um país depende do seu nível científico”. Parece óbvio mas, sê-lo-á para a dupla Passos/Portas?

segunda-feira, maio 30, 2011

"Sem Tecto Entre Ruínas"

Em 37 anos de democracia e de eleições, nunca me lembro de sentir uma tão grande aflição para decidir o meu voto.
Já vivi outras vindas do FMI, já vivi crises de toda a espécie, mas, honestamente, penso que os anos que se aproximam não se comparam com nada do que já conheci.
Nas outras crises com intervenção externa, o país tinha mecanismos de que hoje, por via do euro, não dispõe. Mesmo sem nada saber de economia, lembro-me das desvalorizações da moeda, da venda do ouro, da emissão de moeda pelo Banco de Portugal. Tudo isso hoje nos está vedado, restando um empréstimo externo concedido por alguém que não nos grama, tais as condições que exigiu.
Poderá pensar-se que ao próximo governo apenas lhe resta aplicar o plano dos prestamistas, mas não será exactamente assim. Ainda haverá coisas que podem ser decididas com mais ou menos sensatez, com mais ou menos liberalismo.
Daí, a enorme aflição que sinto quando olho para os dois putativos candidatos a primeiro-ministro.
Os erros de Sócrates são inúmeros e imensos; pior, o país não acredita nele, a toda a hora se brinca com as mentiras de Sócrates - do alto quadro empresarial à peixeira todos o acham um mentiroso. Pode um homem nesta situação continuar a governar o país? Não merece ser fortemente castigado nas urnas? Pode governar o país nos tempos difíceis que estão a chegar? Pode o povo português reconduzi-lo como quem diz “faça favor de continuar, nós tudo esquecemos e perdoamos”?  Podemos, se tal acontecer, considerar que vivemos numa democracia adulta e viável?
Quanto a Passos Coelho não há palavras para descrever o que temos visto e ouvido nos últimos tempos. Pode um homem que já disse mil coisas e seu contrário (tal e qual como Sócrates) merecer-nos alguma credibilidade? Pode um homem que está na política desde a pré-primária, como já aqui escrevi, estar tão impreparado para ser governante? Que andou ele a fazer desde que tomou posse do cargo? A pensar no país certamente que não foi porque cada dia tem uma ideia e um discurso diferente. Mente, sorri, diz e desdiz, ouve todos os conselheiros dos quais devia fugir, quer apanhar votos de todos os lados e fica “nem pão, nem bolo”. Em 3 dias disse sobre o aborto o contrário do que costumava dizer e quanto aos 10 ministros apenas, assim que Cavaco disse que era pouco apressou-se a remendar o que antes tinha dito. Isto para só falar dos últimos dias. Quem é este homem, alguém sabe? Mas, pode um homem assim merecer a confiança do país para governar? Não nos sairá outro Sócrates apenas ainda mais liberal?  Pelo menos quanto ao carácter, parece que estão empatados, mesmo sem sondagem. 
Os partidos à esquerda do PS também se acomodaram no facilitismo, limitando-se vezes de mais a ser apenas do contra, e a dar uns tirinhos no pé de vez em quando. Se eles congregam 20% dos eleitores, precisam de saber quem são, o que sentem, e parar com o infantil “quanto pior, melhor” que já fez escola mas já não faz.
Roubando o título de um livro de Augusto Abelaira, sinto-me “Sem tecto, entre ruínas”.
Pior, sinto-me também sem chão.

sexta-feira, maio 27, 2011

Um aborto na campanha

O que Passos Coelho disse ontem sobre a lei da IVG, percorrendo os jornais online, pode traduzir-se assim:
A lei pode "ter ido um pouco longe demais" ( Visão)
… há grupos de cidadãos " que querem promover essa nova consulta popular, a qual, no seu entender, poderá ter lugar depois de se fazer uma "avaliação séria" (DN)
… apelou «a quem tenha ideia de propor um novo refendo por petição popular para que actue com rapidez» (Sol).
O que Passos, de facto, quer, é roubar votos ao CDS mas vai dizendo que, se tiver que meter a mão nessa massa, prefere que sejam os cidadãos a tratar do assunto primeiro e, já agora, rapidinho, ou qualquer coisa do género – Ó Portas, se tivermos que fazer governo juntos, e se quiseres mudar a lei, arregimenta lá as tuas tropas depressa, que eu tenho mais que fazer e não vou sujar as mãos com esse assunto até porque há uns anos já disse o contrário.
Passos não percebeu que este não foi um tema bem escolhido para os portugueses em geral. No último referendo o “SIM” ganhou porque a sociedade portuguesa mudou profundamente na última década, tanto que não houve prof. Marcelo, com todo o seu tempo de antena, que valesse ao “não”.
Se ousarem novo referendo, perdem outra vez, porque para as novas gerações de votantes, o senhor padre já não manda nada
É caso para dizer que só nos saem abortos.


segunda-feira, maio 23, 2011

O rapaz que não gostava de jogar à bola

Era uma vez um rapaz que não gostava de jogar à bola. Preferia as damas, mas o grupo a que pertencia gostava de futebol. Ele queria ser o chefe do grupo, mas este achava que só um bom jogador de bola o poderia ser. O rapaz, um dia, meteu-se em brios e jogou como se não houvesse amanhã. Meteu vários golos, acabou estafado mas, no fim, virou-se para o grupo e disse: viram? eu sei jogar, mas não quero. Foi só para mostrar que vou continuar a ser o chefe porque, disso, eu gosto.
Passos Coelho é como o rapaz que não gosta de jogar à bola. Nos debates apareceu sempre como quem fez os deveres da escola bem feitinhos e a seguir foi jogar damas, deixando o resto do grupo a dizer disparates, porque os seus próprios disparates só diz quando acha oportuno - afinal ele é o chefe. O seu grupo não estava contente e, no último jogo, esforçou-se, fez fintas e marcou golos. O grupo, então, gostou mas, para que ficasse claro que não lhe apetece jogar e ser capitão de equipa, logo no dia seguinte veio dizer aos portugueses que não podia haver tantos feriados e que as medidas de austeridade, se calhar, não eram suficientes.
Ora, Passos Coelho está na política desde a pré-primária e sabe que há coisas que não podem ser ditas em plena campanha eleitoral.
Não se trata de faltar à verdade, trata-se tão só de saber quanta verdade se pode dizer e quanta verdade os outros podem aguentar sem se enfurecerem. Ele parece não querer ser o capitão da equipa, nem querer jogar à bola; dá a impressão que só lhe apetece mostrar que é capaz de ser o chefe do grupo
Pode ser que o empurrem e se veja forçado a jogar, mas lá que ele está a fazer todos os possíveis para que isso não lhe aconteça, lá isso está.

domingo, abril 10, 2011

Discurso do Funchal

Passos Coelho já ouviu  a "rua" e retransmitiu-o no seu discurso no Funchal.
A demagogia e o uso adequado do zig-zag também se vão aprendendo aos poucos.
O homem faz-se!