É através do uso de leis moldadas em redes de pesca.
A Comissão Nacional de Eleições decidiu, finalmente, que a
limitação de mandatos dos autarcas, expressa na lei, se refere ao território e
não à função. Assim, Menezes vai para o Porto, Rui Rio pode ir para Gaia se lhe
apetecer, Mário de Almeida pode ir para Viseu, Fernando Ruas para Vila do
Conde, e assim sempre pelo país afora.
Por mim, de facto, até podiam ir todos para um sítio que eu
cá sei, a povoá-lo de rotundas e fontanários, mas mais uma vez se confirma que o
legislador português de hoje é mestre na redacção de leis pouco claras, se não
mesmo obtusas, que acabam por servir não menos obtusos propósitos.
Paulo Rangel, redactor da lei de limitação de mandatos
autárquicos, vai afirmando, com boca pequenina, que não foi esse o espírito com
que a escreveu.
Ora, espírito é coisa etérea, e as leis devem ser bem
terra-a-terra, acho eu. Não o sendo, deixam a porta aberta para o que der e
vier, vai-se-lhe o espírito e a letra e, neste caso, segue o baile com a muito
popular dança das cadeiras.
With a little help
from Paulo Rangel, que assim alcança o merecido estatuto de grande
engenheiro da conservação de dinossauros sem formol.
Estava eu a ler o seu texto, quando me veio à cabeça a frase com que inicia o seu 3º parágrafo. Sorri.:)
ResponderEliminarbeijinhos
Afinidades :)
EliminarEra mesmo muito bom que fossem castigados nas urnas.
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