É verdade que os grandes partidos sempre arregimentaram gente de todo o país para um comício em Xabregas ou Vila do Bispo, mas creio que nunca tinha sido necessário pedir uma ajudinha à embaixada de Moçambique e usar, sim, é esse o termo, USAR, emigrantes a quem, regra geral, não damos o mínimo de dignidade e respeito exigidos.
Quem nada tem, porque a vida dos emigrantes por aqui é vida sofrida e de escassez, é claro que aproveita um passeio e um lanche. Qual é o mal?O mal é que o PS já não consegue sequer mobilizar portugueses de Miranda do Douro, como diz Paulo Pinto, para irem a Évora ouvir magníficos discursos de Capoulas Santos e Sócrates, nem que lhes acenem com passeio e lanche. Só mesmo a “mão-de-obra barata”, tão desprotegida e sem extras, responde ao convite e até consegue fazer daquilo uma festa.
O PS lixou-se com esta iniciativa, tanto que já mandou parar o “esquema”; só o estertor e desespero dos Paulo Pinto da pátria os leva a disparar para todos os lados, e a defender com seriedade o que nos provoca o riso até às lágrimas.
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