quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Ele não sabe, nem sonha











 
Alertada por um amigo da blogosfera e da FB, fui ler isto.
Quem tiver boa resistência ao vómito deve ler também.
Os de estômago sensível ficam isentos.

Eu, que só me queixo da bílis, li a bosta toda, e, mal acabei, desatei logo a sonhar, nem sei porquê.
Segundo o anormal, sonhar é coisa ilícita, mas o meu sonho foi coisa pouca.

Sonhei que pegava na mão do Nuno Ferreira (eu depois desinfecto), e o levava numa viagem no tempo de regresso ao Alentejo dos anos 1940, em que ele seria um menino de 6 ou 7 anos, filho de assalariado rural, atravessando transbordantes ribeiros invernais para chegar à escola, descalço todo o ano, estômago a digerir uma fatia de pão e umas azeitonas, guardando porcos lá no montado antes e depois das aulas.

E, o mais importante, impossibilitado de sonhar.

No meu sonho, eu vinha-me embora e deixava-o lá para sempre com os porcos e sem sonhos, mas acontece que houve homens bons, e sem excesso de bílis, que sonharam que nenhum menino devia viver assim.

Se bem o sonharam, melhor o fizeram, e desse belo sonho usufruíram milhões de meninos; até mesmo os anormais, como o Nuno Ferreira.
Mas ele não sabe disso, claro. Nem sonha.

 

 

 

 

3 comentários:

  1. Infelizmente é um exemplar pouco original de uma geração de "destacados" imbecis que pululam agora muito por aí - nas televisões, no mundo do espetaculo e dos negócios, nas artes e na política, nos criadores e empreendedores de toda a espécie - uma exacerbação patológica do ego, uma perigosa fantasia de que não pertencem ao todo - eles não são portugueses, eles não são o povo ... eles são a refinada merda que nos quer comandar!

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  2. Ambos os comentadores usam a mesma palavra - "merda". Comigo já somos três.

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