Ambos são dados ao comentário político visionário,
raciocínio rápido e “brilhante” e vêem como ninguém o que deve ser feito em
política.
Porém, ambos passaram fugazmente por ela, e dela fugiram
logo que surgiu uma oportunidade, voltando às suas cátedras, escritórios de
advogados, pareceres bem pagos e ao comentário “muito inteligente”.
Coisas mais pesadas, como resistir e governar, por favor não
lhes peçam, porque as suas brilhantes cabeças não se podem entreter com tão
pouco.
Surge-nos agora um novo D. Sebastião, que não tem tanta fama
de “muito inteligente” (mas deve ser) e que nem tem fugido da política de
trazer por casa − António Costa.
O país do centro para a esquerda, sedento de alternativa
credível e oposição que se veja, anseia pela sua liderança no PS.
Veremos o que escolhe: se os seus interesses políticos
pessoais, com um voo da Câmara de Lisboa directamente para Belém, ou se arrisca
tentar travar o nosso suicídio colectivo polvilhando um futuro governo com um
pouco de bom senso.
Por mim, já acredito em tudo, que começa a parecer-se demais com o não acredito em nada.
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