Porém, a minha geração lutou contra a ditadura, o que não me
lembro de ter acontecido com a dela. Enquanto por aqui se organizaram lutas colectivas
que abanaram o regime, a dissidência da Merkel limitou-se, segundo li há tempo
numa entrevista, a conseguir não integrar a Stasi argumentando que era incapaz
de guardar um segredo.
Mulherzinha esperta!
A sua fixação no défice zero, e na “casa arrumada” fazem-me
pensar que o que ela acharia mesmo bom era um plano quinquenal para a Europa,
controlado por ela mesma, com atribuição de medalhas, não ao trabalhador do ano,
mas ao país do ano.
Aos alemães vendeu a receita das contas certas e castigo
para quem o não conseguir, sem mais explicações, e eles compraram. Passaram
todos até a dizer em coro que o óleo de fígado de bacalhau da chanceler era um
muito bom óleo de fígado de bacalhau.
Agora que o discurso na Europa está a mudar, ainda que muito
ligeiramente, e a senhora percebeu que vai ter que vender um produto um pouco
diferente ao seu povo, começa a sentir um apertozito nos calos e precisa de “descalçar
a bota”.
Segundo o JN, Merkel já ontem afirmou em Berlim:
“…a fragilidade de
países parceiros do euro acabará por concorrer para a fragilidade da Alemanha.
Citada pela Bloomberg, Angela Merkel disse, em Berlim, que a Alemanha só pode
ser forte se os seus vizinhos estiverem bem.” (notícia aqui)
Ainda a ouviremos dizer muitas outras coisas, e não sei se
vai conseguir “descalçar a bota”, mas lá que ela está com dores nos pés, lá
isso está.
O que, não sei porquê, me provoca uma inusitada alegria.
E por que será?:))
ResponderEliminarNão simpatizo com esta senhora.
bji