É hora de estar a fazer isto e aquilo, e vou ouvindo. Naquele dia, salvo erro 18 de Janeiro, parei com o isto e aquilo e fiquei a ouvir. O que ele dizia era tão certeiro e desassombrado, tão corajoso e sem tibiezas, que era preciso prestar a devida atenção.
Quando acabou, a intuição disse-me que aquele homem tinha acabado de pôr o seu emprego em risco porque se recusava a ser a voz do dono, coisa já tão rara na comunicação social em Portugal.
Tenho a certeza que Pedro Rosa Mendes não é ingénuo, e sabia isso tão bem como eu. Mesmo assim, recusou a autocensura, chamou os bois pelos nomes, e optou por correr riscos.
Eu, ganhei o dia. Num país triste, amarfanhado e medroso como hoje é o nosso, encontrar pela manhã a voz da dignidade e da coragem que, implicitamente, ousa mandar para o sítio certo o Miguel Relvas e companhia, corresponde, literalmente, a ganhar o dia.
E este post hoje mais não é que o meu obrigada e a minha homenagem a um jornalista sem medo – Pedro Rosa Mendes.
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