O
25 de Abril não é de ninguém. É de todos os que se queiram
encontrar na rua, celebrando a liberdade e uma data que lhes é
querida.
É
dia de risos e abraços, encontros, cravos na mão, corres garridas
no vestuário, ténis nos pés, conversas, recordações e esperança
no futuro.
Quem
quiser, aparece. Vai alinhado ou desalinhado. Pertence a um grupo ou
a si mesmo. E tudo isso está bem.
Tem
sido sempre assim, até que apareceu um novo partido, a Iniciativa
Liberal, que está sempre de olho na “facturação” e no lucro.
Foi isso que bispou ao convidar a senhora Inna
Ohnivets , embaixadora da Ucrânia em Lisboa,
para desfilar com eles numa festa à parte, só deles.
E não é que
a senhora Inna aceitou? Embrulhou-se na bandeira do seu país e lá
foi. Tenho para mim que a senhora Inna sabe tanto do que é a IL como
de Bacalhau à Zé do Pipo, e isso nem seria grave se não mostrasse
que ela também não sabe qual deve ser o papel de um embaixador, e
isso, sim, já é grave.
A
ajuda de Portugal à Ucrânia, tem sido feita por todos nós,
individual e colectivamente, mas por TODOS. Em nenhuma circunstância
um embaixador pode aliar-se a uma parte do país que o acolhe em
detrimento de outra mas, neste caso em particular, é de uma
injustiça tremenda.
Acredito
que não fez por mal, não creio que seja liberal nem qualquer outra
coisa.
Como
não tenho más intenções, quer-me parecer que a senhora Inna será
apenas burra.