segunda-feira, novembro 11, 2013

A estrela




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PCP está a comemorar o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, e faz muito bem. Além de ter sido seu líder, Cunhal foi uma figura incontornável do século XX português.

Entre várias efemérides, contou-se, ontem, um comício no Campo Pequeno, em Lisboa, antecedido dum desfile.
Mas não foi um desfile comum. Veja-se aqui como foi programado:

O comício tem início marcado para as 15 horas, mas as celebrações começam antes, nas ruas em redor do Campo Pequeno. Às 13h45 arrancam para o local do comício quatro desfiles, que prometem dar a estas comemorações uma vibrante expressão de rua: quem venha dos distritos de Lisboa, Leiria e Santarém concentra-se em Entrecampos; os oriundos dos concelhos da Península de Setúbal partem da Avenida de Berna, junto à Fundação Calouste Gulbenkian; os que venham de Évora, Beja, Portalegre e Litoral Alentejano iniciam a marcha na Avenida de Roma; e a JCP começa a desfilar na Praça Duque de Saldanha. A chegada dos desfiles ao Campo Pequeno será, seguramente, um momento particularmente emocionante.

Segundo uma das televisões, o objectivo era fazer uma estrela.
Deve ter sido bonita de ver, a coreografia. Mas de helicóptero, claro.

Os comunistas sempre me garantiram que Cunhal tinha horror ao culto da personalidade, e que lhe dava um combate sem tréguas.
Posso até acreditar nisso, mas fica óbvio que não só perdeu essa batalha em vida, como continua a perdê-la depois de morto.

Ter-lhe-ia sido mais fácil se não tivesse uma presença tão magnética.
E sexy, já agora.

Nota: Foto de Rui Ochôa, retirada daqui

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