D. Januário é cidadão deste país, e terá as suas opiniões,
mas quando abre a boca, queira ou não, é sempre bispo, é a Igreja que fala, e
eu gosto da Igreja a tratar dos assuntos divinos.
A política e, sobretudo, a avaliação dos políticos, está
claramente fora do seu âmbito de acção.
Haverá muita gente a bater palmas, a aplicar adjetivos como
corajoso ou desassombrado, mas quem o faz esquece-se que está a abrir a porta
para tolerar que a Igreja se meta em muitos outros aspectos da vida secular,
nos quais, pessoalmente, não admito que se meta – caso do aborto, do uso do
preservativo, ou dos apelos feitos do púlpito para votar no partido A ou no
partido B.
O desbragamento oratório do senhor bispo é, quanto a mim,
intolerável; viveremos sempre muito melhor continuando com a sólida separação entre
a Igreja e o Estado.
Ou, mais prosaicamente, cada macaco em seu galho.
Trate das almas, D. Januário, ajude os pobres, cumprindo a vocação
assistencialista da Igreja, mas deixe a política, os políticos, as leis e a
vida privada connosco.
Totalmente de acordo!
ResponderEliminarRute
Concordo!
ResponderEliminarEmbora católica, o meu respeito pela igreja há muito que se foi.
bji gde
Desta vez vou discordar de ti.
ResponderEliminarTambém sou agnóstico e acho que este Bispo tem cumprido a sua função assistencialista e a de cidadão empenhado!
Já no anterior governo fez ouvir a sua voz avisada.
Beijinhos.
Podes até ter razão mas eu acho que:
Eliminar1ª Um bispo não fala como um carroceiro.
2ª Se abrimos as portas à Igreja para falar de política, temos que as abrir para falar também do que não lhe diz respeito. E D. Januário É IGREJA, sempre. Abraço