Mostrar mensagens com a etiqueta Vasco Graça Moura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vasco Graça Moura. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, abril 18, 2013

Pode ser-se intelectual e parolo? Pode!

Dantes, os portugueses tinham imenso medo dos juízos morais dos vizinhos.

Agora, que ninguém conhece os vizinhos, passámos a ter imenso medo dos juízos dos de “lá fora”.

É muito triste ver esse medo a vergar a espinha daqueles que deviam ser exemplo de espírito independente: os intelectuais.

Atentemos no que escreveu Vasco Graça Moura a propósito de declarações (infelizes) de Mário Soares e choremos, irmãos.

“Em plena democracia, um ex-presidente da República de Portugal não pode dizer coisas dessas. Já se imaginou como isso turvará o seu prestígio dentro e fora do país? E tratando-se de quem se trata, como nos atinge a todos? Não faltará quem se pergunte por essa Europa fora (e, claro, entre as instituições mandantes da troika e dos credores), que raio de democracia é a portuguesa, cujo primeiro ex-presidente socialista profere tais enormidades?”

Submissão e parolice de meter dó.
Infelizmente não é o único intelectual que ainda por aí com o nariz quase a bater no chão. .


quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Venerável Vasco

Vasco Graça Moura nunca escondeu que não gosta do AO, (eu também não) mas a atitude que tomou ao entrar no CCB é um ato de desobediência civil.

Ou talvez seja só rebeldia, não sei.

Se calhar nunca foi rebelde em novo e por isso, admito, resolve experimentar agora, numa altura da vida em que os atos de rebeldia podem ser desesperantemente parecidos com arrogância, mas nunca com coerência, como tenho visto por aí.

Sim, acho que é rebeldia tout court, daquela fácil de ter quando sabemos que nada nos acontece.

Venerável Vasco sabe disso.

Assim, à entrada, declara que naquele tasco, que parece ser só seu, ninguém vai escrever segundo as novas regras.

Que faz o governo que o nomeou?

Ora, o costume nestas situações que metem veneráveis: acobarda-se e desdiz o que está dito – o AO entra em vigor a 1 de Janeiro de 2012, não, não, foi engano, obrigatório mesmo só em 2014. Desculpe lá ó Vasco, faça como quiser, esteja em sua casa, disponha.

Da coluna vertebral do Viegas, que já tinha dado a “palavrinha” a Mega Ferreira e lha retirou prontamente quando lhe lembraram que ele não manda nada, e que é grande defensor do AO, nem digo nada. Não devemos falar daquilo que não existe senão em conversas de especulação filosófica, o que não é aqui o caso.