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quinta-feira, maio 24, 2012

O pensamento estratégico do Magnífico Reitor

A escola, e sobretudo a Universidade, para além de nos transmitir saberes teóricos, técnicos ou práticos sobre várias matérias, dá-nos, sobretudo, ferramentas para continuarmos a aprender ao longo da vida se assim o quisermos.
Todo o ensino, mas o universitário ainda mais, deve transformar a “massa mais ou menos bruta” que lá chega em seres com capacidade de raciocínio, pensamento estruturado, capacidade de análise das questões profissionais ou sociais que iremos encontrar pela vida fora.
Por via disso, a universidade deve formar seres pensantes e, também por via disso, seres livres, com capacidade de intervenção e decisão. É assim que se criam sociedades avançadas e prósperas.
E os professores que nos marcam, os que constituem um verdadeiro ganho no nosso percurso académico, são exatamente aqueles que são capazes de nos estimular o pensamento e que incitam à participação e opinião.
Sabemos que as universidades estão longe de ser aquilo que deviam ser, mas fiquei estarrecida com o apelo ao silêncio por parte do Reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos.
Disse ele:
"Acho que se estivéssemos seis meses todos calados, não criássemos mais problemas do que os que já existem e deixássemos as coisas correr, daqui a seis meses, trabalhando, veríamos que as coisas até evoluíram melhor do que o que pensámos". (notícia aqui)
Quem pensa que o silêncio é melhor que o debate de ideias, que o conformismo é melhor que a mobilização, que deixar correr resolve os problemas, não pode ser Reitor duma grande Universidade.
Não tenho por hábito pedir a demissão de ninguém, nem é agora que o vou fazer, mas apetece-me dizer:
Ó gente da Invicta, deixar esse homem no lugar nem parece coisa vossa mas, para começar, e com gentileza, podiam sussurrar-lhe ao ouvido o que está escrito na imagem ali de cima - Sólo los besos nos taparán la boca.