E, no entanto, se o homem pudesse achar um estado em que se sentisse útil e em que tivesse o sentimento de que cumpria um dever, embora inactivo, nesse estado viria a encontrar uma das condições da sua felicidade primitiva. Esta condição de ociosidade imposta e não censurável é aquela em que vive toda uma classe social, a dos militares. Em tal ociosidade está e estará o principal atractivo do serviço militar.”
Leão Tolstoi, “Guerra e Paz”
Publicações Europa-América
Sem ofensa para os militares que no sábado passado saíram à
rua, e sem ofensa também para os que o são por gosto, e mesmo sabendo que
quando a Merkel cá vier temos sempre que a proteger por terra, mar e ar, não
consigo evitar a pergunta:
Por que temos de continuar a ter, já depois de todos os
cortes, umas Forças Armadas de 18.308
almas, em que se incluem 67
oficiais-generais no Exército, 20 na Marinha e 19 na Força Aérea?
Vão-me dizer que é para defender a soberania?Ou será que vêm aí os espanhóis?