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quarta-feira, dezembro 19, 2012

Em tempo de cólera


Quando, há tempo, Passos Coelho disse “que se lixem as eleições”, eu, por uma vez, acreditei nele, e continuo a acreditar.

Passos veio para cumprir um programa ideológico de destruição do que de melhor tínhamos construído, deixando ficar e fortalecendo tudo o que é tóxico na nossa sociedade. Uma legislatura chega para isso.

Até sobra. Depois do trabalhinho feito, ele não quererá mais ser político, coisa que só dá chatices, e certamente terá bons lugares à sua espera. Talvez até fora do país, talvez até sonhe com a Goldman Sachs, quem sabe.

É por isso que acredito nele quando brama - “que se lixem as eleições”.
Os jornais escrevem: Passos garante que a venda da TAP ficará decidida na quinta- feira. Em que condições, não sabemos. Mas é amanhã.

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Há silêncios que entristecem

A TAP é mais um “luxo” que não podemos ter, está visto, e 20 milhões chegam para nos resgatar do vício.

O que eu estranho mesmo, é o silêncio dos pilotos e outros profissionais da TAP sempre tão prontos (desde o 25 de Abril) a fazer greve quando mais doesse aos passageiros e, sobretudo, às tentativas de recuperação financeira da empresa.

Não há uma grevezinha para o Natal? Nem sequer uma ameaça clara ou velada? Nem um comunicado com uma tomada de posição? Estarão contentes de ir trabalhar para o tal Efromovich, ou estarão a enfiar o rabinho entre as pernas?

Dúvidas, dúvidas, dúvidas. Mas que o silêncio deles é ensurdecedor, lá isso é. E triste!

Boa informação sobre as contas desta venda, aqui

segunda-feira, junho 13, 2011

TAP 2



Poderia alguém falar-nos verdade uma vez só que seja?


TAP trava greve com oferta de viagens


TAP. Acordo para fim da greve passa 200 tripulantes a efectivos




sexta-feira, junho 03, 2011

TAP

Desde que me conheço que me defino como uma pessoa de esquerda. Apesar de a esquerda ter perdido a bússola em 1989 e de ainda andar à procura do caminho, há alguns valores que considero inequivocamente como de esquerda – a defesa de quem trabalha e a garantia dos seus direitos, a defesa dos mais pobres, a justa distribuição da riqueza criada, a igualdade de oportunidades no ensino, na saúde e na justiça, para só referir alguns.
Considero o direito à greve como um direito inalienável e, apesar dos incómodos geralmente causados a quem não o merece, também acho que, se não causar incómodo, não serve para nada. Dentro, ainda, do pensamento de esquerda, acho que algumas empresas e setores, ainda que deficitários, não devem ser privatizados porque prestam um serviço público que cabe ao Estado assegurar. É para isso que pagamos impostos.
Tudo isto muda, para mim, quando se trata da TAP, empresa de que muito me orgulhei durante muitos anos. De há um tempo para cá, os sindicatos da empresa parecem ter entrado numa roda livre de pensamento alienado da realidade que vivemos.
Todos nós, durante anos, metemos muitos milhões dos nossos impostos na empresa para que ela sobrevivesse; conseguimo-lo, ao mesmo tempo que se conseguiu assegurar condições de trabalho e salário dignas e bastante acima da média nacional. Agora, confesso, estou farta.
A próxima greve anunciada vai estender-se por dez dias e causar um prejuízo de 50 milhões de euros (5 milhões por dia), vai afetar a vida de 350 000 passageiros e tudo isto porquê? Porque em cada voo vai ser retirado um tripulante de cabine.
No momento em que mais de 12% dos portugueses estão desempregados, muitíssimos trabalham sem receber, muitíssimos fazem horas extraordinárias à borla, quando todos sabemos que a “coisa tá preta” e que a vida vai ser cada vez mais difícil, o pessoal de voo da TAP entende que não pode prescindir dum tripulante por voo para fazer aquele extenuante trabalho de nos servir uma comidinha de plástico e ficar a ver se o velhote consegue meter a mala na bagageira para depois apenas verificar se está bem fechada.
Meus senhores, estou farta das vossas birras e caprichos.
Senhores do próximo governo, por favor privatizem a TAP o mais depressa possível.
Ele que façam greve com novo patrão que os ajudará a descer à terra. Por mim, não quero mais ser dona dessa empresa.