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terça-feira, setembro 04, 2012

Uma grande teia

Há não muito tempo, li no Público uma notícia que dizia:
“465 mil desempregados não recebem proteção social há 9 meses”.
Apertou-se-me o estômago, mas pior fiquei quando esmiucei a situação.

É certo que hoje há muitas organizações que asseguram a alimentação básica, algum vestuário e até ajuda para manuais e material escolar mas, quem paga a renda da casa ou o empréstimo ao banco, quem paga a conta da água e da luz, quem compra a aspirina ou o antibiótico para a criança, quem paga o bilhete de autocarro para ir ao centro de emprego, quem, enfim, paga essa infinidade de pequenas coisas que nos fazem voar o dinheiro da carteira por mais despojada que seja a nossa vida?

Essas 465 mil pessoas estão entre nós, discretamente, silenciosas. A sua sobrevivência é um mistério mas, de certeza, só a conseguem com base numa enorme teia de solidariedade urdida sobretudo na família, mas às vezes também nos vizinhos e amigos.

Somos bons nisso. Mas tenho vergonha daquilo.