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terça-feira, junho 04, 2013

Como?

Esta notícia do Público titula: Professores alertam para "sério retrocesso" com novo programa de Matemática.

A gente vai por ali afora a ler a notícia, e percebe que Associação de Professores de Matemática (APM) não podia estar mais em desacordo com o programa que Nuno Crato decidiu impor em Abril para entrar em vigor já em Setembro. Diz a APM, por exemplo, que o programa entra em “completa contradição” com a visão defendida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e que também “contraria as orientações curriculares actuais para o ensino da Matemática a nível internacional, não tendo em conta a investigação desenvolvida neste domínio, quer em Portugal, quer nos países de referência nesta matéria”.

No último parágrafo da notícia, porém, leio estupefacta:

“Já a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), de que Crato foi presidente, defendeu no seu parecer que a implementação do novo programa da disciplina “será decisiva para que se atinja um patamar de exigência mais elevado, cujas consequências benéficas serão, a prazo, sentidas pelos níveis de ensino secundário e superior, e pela sociedade portuguesa em geral”.

Como? Então, duas organizações que têm o mesmo tema de estudo chegam a conclusões opostas? Uma delas há-de estar, no mínimo, a ser pouco séria.

Se calhar devíamos pedir uma 3ª opinião para desempatar, talvez ao ministro da educação finlandês.
Ou deveríamos antes pedir à troika que fizesse o programa de matemática?

É que me parece que alguma coisa tem de ser feita para salvar as nossas crianças dos bandos de mentecaptos que, a cada momento, se perfilam para jogar à batota com o seu futuro.