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quinta-feira, setembro 15, 2011

Beijinhos

Na revista Única do Expresso de 10 de Setembro, Nuno Markl publica uma crónica tão divertida quanto certeira e crítica, sobre as senhoras que dão apenas um beijo e nos deixam de cabeça ridiculamente esticada à espera do segundo.
Não sei quando é que as “tias” fizeram o congresso em que declararam guerra à possidonice dos dois beijos e adoptaram o beijo único como traço distintivo da sua subclasse. Mas já lá vão uns anos desde que tivemos de começar a pensar, antes de beijarocar, se aquela é das que nos vai deixar de cara à banda, ou não.
Muito me espanta, porém, que homens como o Nuno Markl ainda não tenham tirado essa pedra do seu caminho voltando a usar o velho aperto de mão.
Pessoalmente tenho saudades dele; era uma espécie dum (muito subjectivo) cartão-de-visita dos homens que me apresentavam.
As mãos são muito variadas – grandes, pequenas, gordas, ossudas, secas, húmidas, ásperas, macias, e com elas se opera um aperto de mão vigoroso, mole ou assim-assim.
Essas mãos e respectivo cumprimento davam-me uma ideia muito mais definida da pessoa que tinha na minha frente que todo o resto do seu aspecto físico (vestimenta incluída).
Mas, foi-se. Já não há disso. Cada homem que acabo de conhecer espeta-me imediatamente dois amistosos beijos como se fossemos amigos de longa data, e eu, confesso, na maior parte das vezes não tenho capacidade de antecipação para forçar o antiquado aperto de mão.
Fico com os beijos, e pronto. Há ainda os mais jovens, que também dão um só beijinho porque foram ensinados assim de pequeninos, e esses eu até desculpo.
Só não desculpo mesmo quando, logo depois do singelo ósculo, me começam a tratar por “tia”.
Aí, Deus me valha, que eu fico absolutamente possidónia e piursa.

sexta-feira, julho 29, 2011

Pessoinhas



Sou como todos os portugueses. Se me perguntarem, respondo logo que sou contra toda e qualquer violência, mas não é assim tão raro ter vontade de bater em algumas criaturas. Lá me aconteceu hoje outra vez.
No Pessoas do Público de hoje diz-se sobre Rachel Zoe (para quem não se lembre é uma americana loira, enjoada, malcriada e neurótica que tem um programa que passa na SIC Mulher em que briga com os empregados, limpa os pés ao marido e, de vez em quando, veste umas celebridades lá do sítio), o seguinte e resumindo: o seu filho de quatro meses tem “pelo menos 14 pares de sapatos, de marcas como Ralph Lauren, ou seja, milhares de euros em sapatos que deixarão de servir ao bebé dentro de pouco tempo. Do guarda-roupa faz ainda parte um casaco de pele da Gucci.”
Ora digam lá se não apetece dar-lhe uns valentes tabefes naquela cara enjoada, seguidos de umas boas palmadas no sítio que eu cá sei. Só para ela acordar, claro.
E o Público bem podia criar uma rubrica para pessoas assim que se chamasse Pessoinhas.