Nos tempos
modernos, não conheço nada mais agregador que uma selecção de futebol.
E julgo que
não será só aqui no rectângulo.
Novos e
velhos, ricos e pobres, letrados e iletrados, da capital ou das berças,
autóctones e expatriados, todos torcem, sofrem, rangem os dentes e vibram com a
selecção.
Assim deve
ter sido ontem pelo mundo inteiro, porque os portugueses são como Deus Nosso
senhor, isto é, estão em todo o lado.
Aqui em casa
gritou-se golo quando era e quando podia ter sido.
Os meus
amigos e amigas do Facebook tiveram palpitações, disseram que não se aguentava,
sofreram que nem desalmados, escreveram várias vezes Gooooooooooolo e
Ronaaaaaaalllldo.
Escreveram
ainda coisas divertidas e entusiásticas como: Ronaldo é o máááior; um verdadeiro
campeão; "leva-nos" ao mundial; Ronaldo a presidente já!, e até os
mais insuspeitos de perderem tempo com o futebol lhe tiraram, literalmente, o
chapéu.
Mas o meu
comentário de eleição, porém, foi dum amigo que escreveu:
“Até lhe
perdoamos os Ferraris e outras merdas”.
Tendo a concordar.