É o caso de Francisco José Viegas, Secretário de Estado da Cultura.
Desta vez, o Expresso
foi entrevistá-lo e devem ter combinado qualquer coisa do género – O senhor
Secretário põe-se em cima do muro e a gente não o empurra.
Assim foi; os jornalistas não empurraram e, diga-se em abono
da verdade, Viegas também não caiu sozinho. Daí resultou uma entrevista frouxa e desinteressante, que
não enche nem vaza. Apenas um assunto me despertou o sorriso e o temor em
simultâneo.
Sob o signo das várias Rotas turísticas abordadas, Viegas
parece ter particular carinho pela Rota das Judiarias, que vai desenvolver, com
o “coração” em Belmonte.
Sabendo que o Secretário de Estado se converteu ao judaísmo,
não estranho o seu entusiasmo.
Mas, no final de entrevista, ele afirma:
“A SEC vai colaborar
com o Ministério da Economia nos investimentos que já estão previstos. Falo da
construção de um hotel desenhado por Frank Gehry (arquiteto de origem judaica),
que já está aprovado e espera-se a resposta dele para desenhar a primeira
sinagoga da sua vida. Se for assim, imagine-se o que isso significará.”
Eu fico logo a imaginar charters de judeus para Belmonte,
sorrio à fixação do PSD em Frank Gehry, mas tremo só de pensar quem lhe pagará
a sinagoga e o hotel.
Nota: imagem retirado do Expresso
de 24 Março 2012