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quarta-feira, março 27, 2013

Cara de pau e peito de ferro


Quando, em 2011, perdeu as eleições e saiu do país, José Sócrates deixou atrás de si um clima de ódio e crispação contra a sua pessoa como eu nunca tinha visto no Portugal democrático.

Dois anos não foram suficientes para atenuar esse clima; diria mesmo que, por cá, tudo continua em carne viva e que é muito cedo, mas Sócrates regressa.

Regressa, não para uma vida simples e normal de quem tem todo o direito de viver no seu país, mas para o espaço público, para nele opinar sobre a vida política portuguesa cujo palco central desocupou há tão pouco tempo.
É também um direito que lhe assiste.

Multiplicam-se os insultos e os palpites sobre os seus reais objectivos.
Pessoalmente estou apenas curiosa para perceber o que terá para nos dizer hoje este homem “com cara de pau e peito de ferro”, nas palavras de Pedro Santos Guerreiro.

As nuvens adensam-se sobre a nossa cabeça – Chipre, uma nave de loucos no comando da União Europeia, hegemonia da Alemanha e consequente ressentimento a alastrar pelo continente, o fim do silêncio ensimesmado do Tribunal Constitucional, as contas sempre a piorarem e, finalmente, o que parece uma ninharia mas não o é, este regresso de Sócrates.
 
Será esta a tempestade perfeita?
Mesdames et messieurs, faites vos jeux.