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quinta-feira, agosto 30, 2012

Dia de adjectivos

Ontem, Passos Coelho, em Londres, fez-se fotografar com os paralímpicos portugueses, que costumam ter bons resultados, exactamente quando se prepara para lhes retirar, a eles e às suas famílias, os benefícios fiscais que ainda têm.

Achei a ação de marketing hipócrita e oportunista.

Embalado na asneira, como é de seu hábito, tratou de se insurgir contra as opiniões, contrárias à sua, sobre o futuro da RTP.

Chamou a isso Histeria.

Já chegámos ao ponto de até a simples expressão de diferentes opiniões dar direito a que nos cole mais um lindo adjetivo a juntar à sua lista.

Já nem me indigno, só me apeteceu responder:
Senhor primeiro-ministro, histérica talvez a sua tia, não? Que lhe parece?


sexta-feira, novembro 04, 2011

Inveja

Estamos sempre a ouvir dizer que a inveja é um defeito nacional. Não discordo, só não tenho a certeza se será uma especialidade lusa ou se deverá antes caber naquela vasta gama de “coisas” que dá pelo nome de “Património da Humanidade”.

Sem dúvida que sempre achamos que “o ovo da galinha da vizinha é melhor que o da minha”; além disso, desdenhar de quem se evidencia por boas razões, achar que “lá fora” está o melhor dos mundos, não atribuir mérito ao compatriota antes de ele ganhar reconhecimento “lá fora”, puxar para baixo quem tenta subir, são desportos muito apreciados “cá dentro”

Não sei se “lá fora” não se passará exactamente o mesmo, ainda que sujeito a cambiantes geográficas ou climatéricas, mas tenho a certeza de que, se formos perguntar aos portugueses, todos nos dirão que não são invejosos (ou racistas).

Eu cá sou portuguesa, logo, não sou invejosa (nem racista) e juro que não é a inveja que me move quando pasmo com os ordenados que pago a fulanos que acho medianos a atirar para o mauzinho e que, me parece, não valem tanto. Ou, se calhar, até valem, porque isto de fazer figura de tonto durante horas deve ser muito cansativo.

Eis os exemplos de vencimentos de fazer inveja, que causaram o meu mais recente pasmo:

Fátima Campos Ferreira (10 mil euros mensais), Catarina Furtado (30 mil euros), Fernando Mendes (20 mil euros), José Carlos Malato (20 mil euros), Maria Elisa (7 mil euros), Jorge Gabriel (18 mil euros), Sónia Araújo (14 mil euros), João Baião (15 mil euros), Tânia Ribas de Oliveira (10 mil euros) ou Sílvia Alberto (15 mil euros).

Bom, fica-nos o conforto (sem inveja) de saber que, ao menos eles, certamente não vivem acima das suas possibilidades.

sexta-feira, julho 08, 2011

Lição prática sobre isto de ser LIXO

O país, finalmente, indignou-se por o classificarem como lixo. Por mim, já ando indignada desde aqui
Convém, contudo, juntar ao sentimento de ofensa algum conhecimento sobre os efeitos práticos da coisa.
Aqui fica uma liçãozinha que transcrevo dum artigo do Público de hoje, 8 de Julho:

A RTP assumiu ontem ao Público que foi obrigada a renegociar o pagamento da dívida devido às decisões anteriores da Moody’s que em Abril já tinha cortado a notação financeira da empresa. Esta renegociação fez disparar os empréstimos que a empresa terá de pagar já este ano, de 47,5 para 208 milhões de euros.
O credor é o DEPFA Bank, com sede na Irlanda.

O negócio do lixo é bom, por isso há tantos sucateiros.
Mas estes, nem um saco de robalos nos oferecem.