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terça-feira, janeiro 14, 2014

Merkel já tem um javali













 
 
 
O acidente de frau Merkel, quando praticava esqui numa estância Suíça, provocou alguns sorrisos e algumas piadas, mas poucos repararam, julgo, na notícia mais completa do DN Economia – Esquis de Merkel tinham 25 anos e eram da RDA
“…as mais de duas décadas de uso terão deixado as suas marcas, sobretudo, em materiais como a madeira.”, escreve-se .

O título da notícia e o respectivo desenvolvimento, sabemo-lo hoje, constituem todo um programa e um modo de vida.

Esta aventesma que nos calhau em (pouca) sorte, gere a sua vida, provavelmente a sua casa, e seguramente o continente europeu, como uma dona de casa bronca e avarenta que não hesita em pôr a vida em risco por estar obcecada com a poupança.
O mealheiro é a sua prioridade (suponho que o porquinho já terá virado javali) e, por mais que lhe digam que, quem pode, deve consumir porque isso é bom para todos, ela não se deixa convencer.

Tramado mesmo, é que esta mulher, passados 24 anos sobre o fim da RDA, continua sem conseguir perceber um princípio elementar do sistema capitalista que professou − dinheiro faz dinheiro.

Não será burra, mas lá que tem uma estranha inteligência, isso tem.

sexta-feira, maio 25, 2012

Merkel com dores nos pés

Frau Merkel nasceu, cresceu e tornou-se adulta na ex-RDA, e isso não acontece impunemente. A minha geração também nasceu, cresceu e tornou-se adulta sob uma ditadura.

Porém, a minha geração lutou contra a ditadura, o que não me lembro de ter acontecido com a dela. Enquanto por aqui se organizaram lutas colectivas que abanaram o regime, a dissidência da Merkel limitou-se, segundo li há tempo numa entrevista, a conseguir não integrar a Stasi argumentando que era incapaz de guardar um segredo.
Mulherzinha esperta!

A sua fixação no défice zero, e na “casa arrumada” fazem-me pensar que o que ela acharia mesmo bom era um plano quinquenal para a Europa, controlado por ela mesma, com atribuição de medalhas, não ao trabalhador do ano, mas ao país do ano.
Aos alemães vendeu a receita das contas certas e castigo para quem o não conseguir, sem mais explicações, e eles compraram. Passaram todos até a dizer em coro que o óleo de fígado de bacalhau da chanceler era um muito bom óleo de fígado de bacalhau.

Agora que o discurso na Europa está a mudar, ainda que muito ligeiramente, e a senhora percebeu que vai ter que vender um produto um pouco diferente ao seu povo, começa a sentir um apertozito nos calos e precisa de “descalçar a bota”.

Segundo o JN, Merkel já ontem afirmou em Berlim:
“…a fragilidade de países parceiros do euro acabará por concorrer para a fragilidade da Alemanha. Citada pela Bloomberg, Angela Merkel disse, em Berlim, que a Alemanha só pode ser forte se os seus vizinhos estiverem bem.” (notícia aqui)

Ainda a ouviremos dizer muitas outras coisas, e não sei se vai conseguir “descalçar a bota”, mas lá que ela está com dores nos pés, lá isso está.
O que, não sei porquê, me provoca uma inusitada alegria.