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segunda-feira, maio 19, 2014

RAP é LIVRE






















Neste país não se pode nem falar, nem estar calado.
Se fala é porque fala, se cala é porque cala.

Ricardo Araújo Pereira decidiu apoiar publicamente o partido Livre nas eleições europeias, e pronto, grossa fatia do país de esquerda está desiludida.

E a que se deverá tal desilusão?
Talvez todos tivessem esperança que ele fosse “dos nossos” visto que, como se sabe, para a esquerda portuguesa, quem não é por nós, é contra nós. E não se deve rir com o inimigo.

Por mim, vejo “o caso” assim:
- RAP pertence a uma geração pouco engajada com a política, muito desconfiada dos políticos e que encara a abstenção como um modo válido de lhes “falar”.
Se a decisão de se assumir como apoiante de um partido ajudar a aumentar o número de votantes da sua faixa etária, tanto melhor: terá prestado um serviço à nossa comatosa democracia.

- As razões que RAP invoca para votar LIVRE são tão válidas como as que eu invoco para não votar LIVRE. É a democracia, pá!

- O facto de ser uma figura pública muito popular não lhe retira nenhum dos seus direitos cívicos constitucionalmente garantidos.

- RAP é corajoso; podia estar quieto, mas resolveu sair da “sua zona de conforto”, dar o peito às críticas, à inveja, às “desilusões”.

Qual será, então, o problema?
O problema − e como eu lamento dizer estas coisas! −  deve ter que ver com fanatismo e intolerância, doenças que atacam uma esquerda cansada, que não se move um milímetro ano após ano, que parte para cada novo acto eleitoral a ver se perde por poucos.

Ricardo Araújo Pereira, com a sua decisão, veio mostrar que, entre muitas outras qualidades, não só não foi contagiado pelas ditas doenças como até tem uma “saúde” de ferro.
Como de costume, o bem de uns é o mal de outros, e a “saúde” de RAP acaba a provocar dores em muito boa gente. No cotovelo, claro.