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terça-feira, julho 05, 2011

Anestesia geral

A 5 de Junho, os portugueses foram a votos apenas com vontade de mudar as pessoas. Já sabiam aquilo que comentadores e jornalistas parecem não saber ainda, visto mostrarem-se tão indignados com os últimos anúncios governamentais – que os políticos mentem em campanha, que mal tomam posse fazem exactamente o contrário do que disseram, que as contas são sempre mais alarmantes do que eles pensavam e que a culpa toda é de quem governou antes.
A este saber popular acresce uma campanha de muitos meses, antes das eleições, feita por economistas e comentadores em estereofonia, determinados em meterem-nos na cabeça que o caminho era só um – o dos sacrifícios.
A coisa foi tão bem feita que conduziu a uma enorme anestesia geral do tipo “porradão na cabeça” de que todos padecemos agora.
A juntar a isso, é verão; às vezes está calor, pensamos em férias, sol, praia, sesta e outras coisas próprias da época. Queremos partir por uns dias e “semear” o corpo moído na areia.
Havemos de acordar da anestesia geral com dor de cabeça lá para Setembro. Até lá, bebe-se uma cerveja e comem-se uns tremoços; depois? ora, depois logo se vê.