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terça-feira, dezembro 03, 2013

Os extravagantes caprichos da pluma







 
 
 
Eu sou fã de Clara Ferreira Alves.
Ela tem lá os seus defeitos, que serão muitos, certamente, e eu tenho os meus, que não serão menos.
Mas ela sabe escrever. E sabe pensar.

Porém, nas últimas semanas tem-me deixado preocupada.

Há quinze dias escreveu sobre “O tal 1%” que é dono do mundo, sendo que o próprio mundo o não conhece.
Quando cheguei ao fim da página, achei que a única coisa sensata a fazer era ir à cozinha cortar os pulsos com a faca do pão.

Se o quadro é deveras negro, a CFA pintou-o de luto carregado, qual viúva disposta a nunca mais “refazer a sua vida”; sem futuro, portanto. Tudo morto.
Já de faca na mão, lembrei-me que o futuro não é meu, nem dela – é das gerações mais novas, e serão elas a escolher o rosto do tempo por vir.
Acabei por não cortar os pulsos, como é público e notório.

Esta semana, a cronista resolve entoar loas ao casal Eanes.

É lá com ela, se lhe apetece entrar no coro dos que já acham que fazer os mínimos é o mesmo que ganhar a medalha de ouro (falo dessa coisa simples que é continuar a ser honesto mesmo estando na política).

O incompreensível nesta crónica, é que a Clara, duma penada, e à boa maneira estalinista − que não lhe assenta nada bem, apaga do currículo do general a criação, e o seu total envolvimento, com PRD (Partido Renovador Democrático).

É certo que ele pouco deu a cara pelo partido, mas, por acaso, isso foi bonito? Ou meritório? Ou deve ser esquecido?

Perguntas que não interessam a ninguém.
Nem à Clara Ferreira Alves, que até se costumava interessar.