O nosso primeiro-ministro vê os seus governados como um
bando de totós a quem é necessário ensinar o básico, e fala com eles como um
bom pai de Massamá fala com os filhos pré-púberes.
Interrogado sobre como é que
os portugueses irão fazer férias, com que dinheiro, respondeu: “Fazendo uma boa aplicação dos recursos
que têm, como é evidente. Quando há menos, tem de se gastar menos, quando há
mais tem de se pensar em ficar com algum de lado para os tempos em que há
menos. É isso que eu espero que os portugueses também possam fazer”.
Isto
é o que ele espera. Por mim, espero que 850 000 desempregado montem uma tenda à
porta dele e resolvam aí passar férias com tudo o que isso implica – banhos de
sol, cozinhar o jantar, piquenicar ao almoço, lavar a loiça e usar regularmente
os sanitários. E nada de inibições com os ruídos noturnos, porque férias são
férias. E que
belas férias poderíamos proporcionar ao nosso primeiro-ministro.