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segunda-feira, setembro 12, 2011

O pecado mora em todo o lado

Como se sabe, a descoberta da pílula anticoncepcional foi um importante contributo para a independência das mulheres. O seu uso generalizou-se mas, em Portugal, há demasiadas mulheres demasiado pobres para a poderem comprar sem comparticipação.
A direitíssima que temos no poder em Portugal, munida de tesoura de poda, bisturi, serrote, machado e instrumentos cortantes afins, colou uma venda nos olhos e desatou a cortar na gordura do Estado.
A pílula anticoncepcional passou a ser gordura da saúde e vai daí, corta-se, ou seja, quem a quiser que a pague por inteiro. Para a direitíssima religiosa portuguesa, usá-la até será um pecado e todo o pecado deve ser castigado, como se sabe.
O pecado mora em todo o lado, como se sabe também, e por isso vão acontecer duas coisas: quem tiver dinheiro para a comprar, compra, quem não tiver, aborta.
Logo de seguida a direitíssima portuguesa gritará aqui d’el rei que o número de abortos está a aumentar e isso não é bom; por um lado, a santa madre igreja desaprova, e por outro isto está a sair muito caro ao SNS.
Será então a hora de cortar essa gordura e vermos Paulo Macedo a dizer – não há cá mais abortos grátis. Por fim irá à missa, comungará e dormirá na paz dos justos, com a certeza do dever cumprido como católico e ministro deste baldio estéril e abandonado por Deus.