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quinta-feira, outubro 28, 2021

O mal menor

 Toda a gente que se interessa por política sabe que, na actual conjuntura, depois de derrubado o governo, nada melhor do que ele poderá vir para os portugueses; só pior.

Pergunto-me: se eu fui capaz de escolher, tantas vezes, o mal menor, quando fui votar, os partidos de esquerda não podem fazer o mesmo por mim?

Deixassem-no bem claro, acarinhassem todas as lutas futuras de quem exige resolução de velhos problemas, mas poupassem-nos a governos de Rio ou Rangel, Chicão ou Nuno Melo, Cotrim, Ventura e companhia.

Não o fizeram, terão certamente os seus motivos.

Eu também tenho os meus, mas para não perdoar.

sábado, outubro 23, 2021

Se

Se PCP e BE não deixarem passar o Orçamento de Estado, se o governo cair, se houver eleições, os partidos de esquerda que não contem com o meu voto, nem, certamente, com o de muitas outras pessoas como eu porque, ao contrário do que eles pensam:

- o óptimo é inimigo do bom

- um Orçamento de Estado não é um programa de governo

- o programa de governo que ganhou as eleições (e em que não votei) foi o do PS

- o governo actual é melhor do que um governo do PSD e amigos, seja o do Rio seja o do Rangel.

Se PCP e Bloco fizerem cair o governo, ao contrário do que pensam, nas eleições levarão uma banhada, e talvez depois a esquerda precise de uma década para se levantar, ou talvez não se levante mais.

Não terão o meu voto. Nenhum deles.

segunda-feira, setembro 09, 2013

Atendíveis, pois claro

No seu artigo de sexta-feira passada no Público, José Manuel Fernandes disseca longamente o chumbo do Tribunal Constitucional quanto à “requalificação” dos funcionários públicos.

Há uma chamada na página em que se pode ler:
Os juízes chegam ao ponto de dizer que as razões orçamentais não são atendíveis, como se o Palácio Ratton fosse a nova Casa da Moeda”.

Eu, que nunca tinha pensado nisso, percebo agora que as razões orçamentais têm mesmo que ser atendíveis pelo TC.

Não as constitucionais, como eu erradamente pensava até sexta-feira passada, mas as orçamentais, como ensina o Fernandes.

Assim, depois de JMF me ter derramado luz sobre este assunto, posso afirmar que, hoje, até já me parece que podíamos dispensar o Secretário de Estado do Orçamento e substituí-lo pelo Tribunal Constitucional, (13 marmanjos e marmanjas vestidos de preto que andam pelo Ratton com quase nada para fazer, e que ainda por cima gozam férias e tudo).

Este homem, o Fernandes, é que é um génio, mas está visto que o país continua a desperdiçar talentos.
Devia emigrar!

quarta-feira, novembro 28, 2012

Habemus Orçamento


E pronto, temos Orçamento.

Parece que ter um mau Orçamento é melhor do que não ter Orçamento nenhum – acho que foi isso, mais ou menos, o que disse o deputado João Almeida do CDS.

Entregues que estamos a dois perigosos homens de mão – Passos e Gaspar, com uma oposição que foge da governação como o diabo foge da cruz, e um PR que não existe, ou, quando existe é para se fazer uma anedota, estamos por nossa conta.

A imensa teia de solidariedade que vai segurando centenas de milhares de vidas por aqui, corre o risco de ruir em breve, quando os reformados, hoje suporte de filhos e netos, verificarem que o que recebem não chega para continuar o apoio que lhes estão a prestar; o mesmo se passará com quem tem trabalho mas passará a não ganha para viver.

Não acredito que Passos e Gaspar acreditem na bondade do que estão a fazer.
Pois se ninguém acredita e já tantos demonstraram que este é o caminho do desastre, como podem acreditar eles? Não, não acreditam também.

Acredito, sim, que ambos estão a cumprir um programa que lhes foi encomendado por alguém, com a promessa de boa recompensa no final.
A isso chamo traição; espero que, no fim, lhes caiba o tradicional destino dos traidores.

sexta-feira, outubro 19, 2012

Chamar nomes é feio, eu sei, mas...

Primeiro vieram as tropas dizer que, no estado em que as coisas estão, as forças armadas não estarão em condições de “defender a soberania do país”.
Independentemente das razões que possam assistir às tropas, perguntei aos meus botões – qual soberania?

Os botões responderam que podíamos tentar rapar o fundo do tacho a ver se ainda encontrávamos alguma, mas só isso.

De seguida, vem a notícia de que a Merkel reclama o direito de ingerência nos orçamentos dos outros Estados.
Aí, já nem perguntei nada aos botões; só exclamei de dentes cerrados – grande CABRA!
Acho que eles concordaram.


quarta-feira, outubro 17, 2012

Troika lusa


É claro que eu não li a proposta de orçamento, mas colhi no Público online de ontem a seguinte informação:

A Saúde desce 19,8% e a Educação e Ciência 0,4%, o Subsídio de doença 5,3%,  mas a Defesa Nacional aumenta 10% e a Administração Interna 12%.

Mais palavras para quê? Está à vista a matriz ideológica da troika lusa − Passos +Gaspar + Relvas.

Mas eu hoje queria mandar um recado ao “troiko” Gaspar.

Disse ele, na conferência de imprensa, que está aqui para retribuir o dinheiro que o país gastou com a sua educação.

Só posso falar por mim, claro, mas gostava de lhe dizer que sou pessoa desprendida, que paguei com satisfação os estudos dele, os dos meus filhos e os de alguns milhares de outros jovens portugueses. Pena que a cabecinha dele não tenha dado para ir além do Excel, mas paciência. Não quero nada em troca, acho que deve considerar a dívida saldada e, pela minha parte, pode e deve ir embora o mais depressa possível.

Sei que não irá. Nem ele nem o resto da troika lusa, porque o trabalhinho que vieram fazer ainda não está pronto.

A grande questão que se põe é saber se seremos nós capazes de lhes dar um belo pontapé no traseiro. Não sorrateiramente, como quem não quer a coisa, mas bem às claras como QUEM-QUER-A-COISA.
 
Eles merecem a nossa frontalidade.