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sexta-feira, abril 08, 2011

O optimista economicista

Segundo notícia do Público online, o Instituto dos Museus e da Conservação, dirigido por João Brigola, está a preparar medidas para reduzir as entradas gratuitas nos museus e palácios a um domingo por mês, em vez da actual situação em que a entrada é livre todos os domingos.
Diz J. Brigola que há demasiadas entradas gratuitas e que com as novas medidas poderia aumentar as receitas em 800 000 euros anuais. E se, por causa dessas medidas, o número de visitantes diminuir, o que o optimista Brigola não receia, não faz mal, porque "o que daí resulta [em termos de receita] é sempre um ganho", diz.
Ora aí temos um bom gestor à frente da cultura; a preocupação não está em criar mais públicos para os museus, mas sim em que estes saiam mais baratos ao Estado.
O ano passado já entraram em vigor algumas medidas para diminuir as entradas gratuitas mas só se perderam 13 620 visitantes. Vamos lá, o que é isso num país em que, cada vez que vamos ao museu, temos que dar “um chega para lá” no vizinho, tal é a multidão que se acotovela diante das obras de arte? Nada, claro!
Porque é que não pomos o homem na CP? Com esta cultura empresarial, era onde devia estar, parece-me. Se ele consegue ganhar 800 000 euros em 52 domingos imagine-se o que ele faria a deficitária CP ganhar em 365 dias.
Passos, você tem aqui homem!
Quanto a nós, vamos todos para o centro comercial ao domingo, que lá não se paga, nem para entrar nem para ver as montras.
Boa, Brigola?