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terça-feira, junho 26, 2012

Foi como um relâmpago na mente

Venho agradecer, senhor primeiro-ministro. Pela primeira vez num ano do seu mandato, e com as suas palavras, eu tive uma iluminação. Até me apeteceu aplaudir, assobiar, cabriolar, dar graças, eu sei lá, tal foi o impacto revelador em mim.
A propósito da moção de censura do PCP o senhor disse:

“Moção de censura do PCP é contra o mundo e a realidade" (lido aqui)

Foi então que eu percebi como estava desejosa de que alguém fizesse uma moção de censura ao estado do mundo e à realidade. Ela aí está. Eu nem tinha percebido, e estou certa que o PCP também não, mas era isso mesmo que eu queria.
Há-de concordar que o mundo está num estado que merece censura e que esta realidade é tão feia que nos empurra para os braços duma perigosa fantasia.

Eu percebi o subtexto − é óbvio que o senhor acha que a moção não serve para nada, e até pode ter razão, mas, deixe-me perguntar-lhe: então e na vida a gente só faz o que serve para alguma coisa? É que, a ser assim, é melhor o senhor precaver-se, visto já ter dado sobejas provas de que não nos serve para nada; apertou-nos o garrote o mais que pôde e, mesmo assim, não vai conseguir cumprir o défice que os seus amigos lhe impuseram.

Diria mais, o senhor não serve nem a nós nem aos seus amigos (esses, os troikos), logo, se não serve para nada, é como a moção de censura do PCP tal como o senhor a entende – uma perfeita inutilidade.