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quarta-feira, setembro 26, 2012

Sem pilha

A minha pilha da indignação acabou-se, e ainda não a consegui recarregar. Talvez por isso, comecei, ainda que temporariamente, espero, a ver as declarações deste governo mais pelo lado do anedotário nacional.

Quando o Miguel Macedo veio com a conversa de haver muitas cigarras para poucas formigas, eu só me lembrei do Arnaldo Matos.

Para quem não se lembra ou nunca ouviu falar, recordo que Arnaldo Matos era dirigente máximo do PCTP-MRPP nos idos de 1974/75 e, na propaganda do seu partido, apresentava-se como o grande educador do proletariado português.
O homem intitulou-se assim enquanto durou a festa, depois foi tratar da sua vida e fez muito bem.
Delegou em Garcia Pereira que é ambidestro – trata da sua vida e faz política de quatro em quatro anos.

Eis que agora, na segunda década do segundo milénio, surge um governo todo ele formado por educadores do povo em geral, e não só do proletariado, que é coisa que até já nem existe. Diria, pois, que é o grande educador de todos os colaboradores.

Já nos deram aulas ensinando que não podemos ser piegas, nem preguiçosos, nem histéricos, nem cigarras, que crises são oportunidades, que ficar na zona de conforto é para maricas, etc., tudo muito bem explicadinho.

Eles tentam afincadamente, mas tenho para mim que, para educador de cigarras, o Matos tinha mais jeito.