Ela vai fechar na mesma, porque o governo já decidiu.
Já tínhamos percebido, neste governo, uma agenda bem definida de protecção de grandes interesses, de empobrecimento colectivo, de precarização geradora de medo. Aos poucos, vamos descobrindo uma agenda escondida para a infelicidade geral.
Uma agenda para a humilhação, sem a ajuda da troika.
Se nós gostamos, se temos orgulho, se queremos, então o governo decide que é para acabar, fechar, destruir.
São as bastonadas no orgulho, na confiança e nos afectos colectivos que nos vão destruindo por dentro, fazendo perder o ânimo e a vontade de reivindicar um futuro.
Não se estranha, pois, a apatia generalizada, a indignação que definha, deixando em seu lugar apenas a uma “austera, apagada e vil tristeza” que por todo o lado se vai sentindo.
Nós não temos apenas um mau governo. O caso do fecho da Maternidade Alfredo da Costa prova que temos um governo macabro.