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segunda-feira, dezembro 22, 2014

Eles na tv













 
 
Para as crianças deve ter sido assustador; para todos os outros foi apenas grotesco.
Dois bonecos, macho e fêmea, perfilados em cenário natalício, cumprindo uma formalidade, foi o que vi.
Actores canastrões sem talento, exibiam uma ferocidade controlada e impotente,  nunca conseguindo disfarçar o mal-estar que os tomou.
Assim vi Aníbal e Maria Cavaco Silva, a meio corpo, no mui difícil dia em que se sentiram obrigados a aparecer na tv para desejar Boas Festas a um país que, eles sabem, nutre por eles um profundo desprezo.
Faço parte desse país, como é óbvio.
Nota:Este episódio pícaro da vida portuguesa poder ser vista na página oficial da Presidência da República

 

sexta-feira, março 08, 2013

Mulheres

















Hoje é o Dia Internacional da Mulher.

Escolho três mulheres, influenciada pela leitura dos jornais de ontem.

A primeira é Sharon Stone, a mais famosa trocadora de pernas do globo, que aí vem para ser madrinha dum barco português do Douro.

Acho bem. Uma mulher tem que ganhar a vida de qualquer maneira, mas ela que não se venha queixar se descobrir que havia um milhão de portugueses com vontade de serem amadrinhados por ela.

Depois vem a abnegada Maria Cavaco Silva; imagino-a todas as noites na cozinha do palácio a fazer tisanas e biscoitos para o seu homem que, coitado, naquela idade ainda trabalha dez a doze horas por dia para o nosso verificável bem-estar. Vida sacrificada, a desta Maria, que apenas confirma que por trás dum pequeno homem há sempre uma pequena mulher.

Finalmente, a grande Joana Vasconcelos que vai encher outro palácio, o da Ajuda, com as suas tralhas, em parceria com o empresário Álvaro Covões e a empresa deste, a Everything Is New. Anuncia-se que no quarto da rainha estará uma enorme Vespa, loiça de Bordalo e bordados do Pico.

Em picos fico eu só de imaginar a ousadia da rapariga. E será que no quarto do rei vai haver um Bordalo daqueles que a gente sabe? Se houver deve ser grande, que a Joana gosta de tudo em grande.

 

Pessoalmente gosto de, a 8 de Março, lembrar os milhões de mulheres que, pelo mundo fora, vivem em condições deploráveis, sem direitos, e abaixo de todos os limiares de que nos possamos lembrar.
Dedicar um dia à Mulher continua a ter sentido, sim, mas por elas.