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quinta-feira, setembro 11, 2014

Visto da janela




Não é só o António Costa que está sempre à janela.
Eu também gasto muito tempo a flanar de janela em janela, mas no meu caso é mais entre as janelas do Windows.
 
Logo de manhã abri várias destas, onde fiquei a saber coisas assim:
- em Londres há 900 cientistas de topo que são portugueses.
- por cá, e só até Agosto deste ano, nasceram menos 957 crianças que no mesmo período do ano passado.
 
Pensei −que sorte a nossa, hein?! − aqui nunca cheira a cocó na fralda, com a graça de Deus, e pode-se estar à janela; já em Londres, com todos aqueles cientistas portugueses em idade fértil a fazerem bebés, deve ser cá um pivete…
 
Outras janelas abertas relembraram-me outros 11 de Setembro, em Nova Iorque ou Santiago do Chile; não gosto de lembrar nenhum.
 
Por isso, vou para dentro. Mas vou tranquila, porque sei que o António Costa fica de atalaia. Se o Tozé Seguro o disse…
 
 
Nota: imagem roubada no Facebook à Gina Faria que, por sua vez, a roubou não sei a quem.
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quinta-feira, agosto 11, 2011

Nem preto, nem branco

A blogosfera e os jornais estão cheios de comentários sobre os acontecimentos de Londres. Para uns, os jovens devem ser desculpados porque a culpa é do “sistema”; para outros, são pura e simplesmente uns criminosos, desordeiros e ladrões.
Como se sabe, nada é só preto ou só branco e por isso eles são criminosos, desordeiros e ladrões, sim, mas o “sistema” também tem a sua dose de culpa.
Alguns serão toda a vida apenas criminosos, desordeiros e ladrões, porque essa é a sua natureza, e há disso em todo o mundo, outros serão apenas fruto dum multiculturalismo falhado, dum capitalismo de casino e sem vergonha, de políticas em que o futuro e a esperança não entram.
Por isso repito: a Europa deve estar preocupada com a selvajaria mas também com a raiva que nidificou no seu seio. E se não pode, de todo, viver sem os emigrantes (e as suas 2ª e 3ª gerações) tem que cuidar deles como dos seus.
O que aconteceu em Londres foi aterrador, com muitos protagonistas destituídos de quaisquer normas de conduta ou cidadania mas, por todo o mundo, jovens com causa saem à rua e enfrentam o poder, como está a acontecer no Chile ou em Israel.
Sim, o futuro já não é o que costumava ser e a insegurança e falta de perspectivas generalizadas só podem tornar cada vez mais frequentes cenas como as que vimos em Londres, pregados à cadeira em frente ao televisor.

quarta-feira, agosto 10, 2011