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quarta-feira, maio 21, 2014

À rasca









 
 
 
 
 
 
 
É já no domingo, e ainda estou no Voto o quê? Voto em quem?

Obviamente, para mim só existem três hipóteses de voto: PCP, Bloco de Esquerda e Livre.
Estou-me aqui a lembrar que já votei PS quando, salvo erro em 1985, Maria de Lourdes Pintassilgo foi sua cabeça de lista para o Parlamento Europeu. Grandes tempos, grandes listas. Adiante!

Matuto, então:
- O PCP defende a saída do Euro, e acho que até voltou a ser antieuropeu, mas não explica se é para ficarmos orgulhosamente sós num mundo organizado em grandes blocos ou se será para aderirmos ao Mercosul.
Depois, o João Ferreira tem menos carisma que uma cebola − a cebola sempre me faz chorar, ele, nem isso.

- O Bloco de Esquerda propõe-se desobedecer à Europa da austeridade.
Acho bem, mas também ainda não percebi como o vai fazer, e o que esperam que aconteça no pós-desobediência. Será que tudo acaba na segunda-feira, como o Carnaval acaba na quarta, e adeus até daqui a cinco anos?
Também acho que a Marisa Matias precisa que isto acabe depressa…

- O Livre está cheio de boas ideias e quer aprofundar a democracia na Europa. Isso é que era mesmo bom, mas se para o fazer está disposto a mandar o “pai” emigrar deixando o recém-nascido sozinho por aqui, aí já acho mal. Quero o Rui Tavares por cá, na política nacional.

De modo que, certeza, tenho apenas a de concordar completamente com o que Pacheco Pereira escreveu no Público:

Hoje, a União Europeia é um monstro híbrido e perigoso, controlado por uma burocracia que detesta a democracia e que acha que “ela” é que sabe como se deve “governar” a Europa e cada país em particular. (aqui)

Muito bom, não é? Mas como contrariar isto? Continuo à rasca.

quinta-feira, abril 10, 2014

Resultados eleitorais do Livre


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois de aqui ter perguntado pelo resultado das primárias do Livre, depois de alguns me terem explicado que se saberiam apenas no dia 9 devido ao tempo para votação por correspondência, depois de outros se terem “picado” e anonimamente terem roçado o insulto, é justo que aqui deixe o link para a página do Livre que apresenta os resultados da votação e a ordenação dos candidatos na lista.

Quero apenas acrescentar que mantenho tudo o que disse, desejar felicidades ao Rui Tavares na peleja eleitoral que se avizinha e arriscar um vaticínio − Rui Tavares não será eleito.
A minha grande curiosidade reside agora no pós-isso.

segunda-feira, abril 07, 2014

Alguém sabe do Livre?



Desde ontem às sete da tarde que procuro notícias sobre a votação nas primárias do Livre.

Estive lá na sábado, na livraria Pó dos Livros. Aquilo foi fraquito, mas também admiti, para mim própria, que foi o possível.

Até às onze horas da manhã de hoje não encontrei nada sobre a votação de ontem, nem nos jornais, nem na página oficial do Livre, cuja última postagem data do dia 5, nem na sua página no Facebook, onde a última postagem tem já 15 horas.

Que os meios de comunicação social não noticiassem, já era mau; era sinal de que a mensagem não passava, mas que o próprio partido tenha emudecido parece-me gravíssimo.

Aquilo, por acaso, era um grupo de amigos que se serviu duma data de gente para fazer um partido para o Rui Tavares ser candidato às europeias?

Não acredito; havia, certamente, muita gente empenhada em fazer alguma coisa de novo na política portuguesa, mas hoje, a esta hora, é o que, realmente, parece.

Estou danada, sim, estou. Não que me tenha empenhado seriamente no projecto, mas, mesmo assim, não gosto de me sentir usada.
Pode não ser o caso, dou ainda o benefício da dúvida, mas, como se sabe, à mulher de César não basta ser séria, deve parecê-lo também.

sexta-feira, março 28, 2014

O problema genético do Livre













Simpatizei, desde o início, com a ideia do partido Livre; até ajudei a arranjar assinaturas para a sua formação. Na verdade, se o Movimento 3D tivesse decidido passar à acção em vez de se recolher sem mais explicações, teria feito exactamente o mesmo.

Esta pulverização da esquerda não me incomoda nada, visto que apenas põe à vista a sempre incómoda verdade – a divisão faz parte do ADN da própria esquerda.
O que me estava a perturbar, e muito, era a ausência de novas formações políticas depois destes 3 anos dum regime de terror.

Acabaram por surgir, mas o Movimento 3D revelou-se uma falsa partida, antes de o ser já o não era, e o Livre, apesar da persistência e empenho demonstrados para a sua criação, parece-me não possuir ele próprio o élan de que necessitaria para convencer uma sociedade profundamente desiludida e fragilizada.

Acresce que o Livre nasceu com um grave problema genético – ser “o partido do Rui Tavares” e, por mais que este o negue e actue em conformidade, os seus adversários políticos não perderão uma oportunidade para lhe chamarem oportunista e afirmarem que criou o partido apenas para continuar a ser deputado europeu.

Neste contexto, Rui Tavares só tinha uma atitude a tomar: autoexcluir-se, desde o início, da candidatura, e optar pela luta política interna.
Não o fez. Estão agora a decorrer as primárias do partido e, como era expectável, Rui Tavares é a pessoa mais votada para a lista de candidatura às eleições europeias.

E ouso o prognóstico: a lista vai formar-se, Tavares vai encabeçá-la, será eleito ou não, mas o Livre não passará dum cadáver adiado.
No estado de raiva, descrença e cinismo em que os portugueses se encontram, só actos inesperados, claramente desprendidos e contra tudo o que é habitual, os poderão acordar, devolver-lhes alguma esperança na política e nos políticos e mobilizá-los, mais que não seja, para votar.

Talvez por ingenuidade, Rui Tavares não percebeu isto.
Certo, certo, é que não teve o “rasgo”, a visão política, ou a vontade necessária para entender que, hoje, a credibilidade, para se ganhar, exige grande dose de sacrifícios.
Vaticino, pois, ainda que com enorme pena que, se o Movimento 3D antes de ser já o não era, o Livre logo depois de ser já o não será.

Mas, oxalá me engane.

terça-feira, novembro 19, 2013

Livre










 

Se o jornalista o diz tão bem...
 
"...A criação de uma nova plataforma política surge assim como o gesto natural e necessário para defender posições que possam ser adoptadas pelo povo de esquerda em geral, que possam ser propostas aos outros partidos e que possam mobilizar os muitos abstencionistas de esquerda. Um novo partido pode roubar votos aos existentes? Pode, mas isso dependerá das propostas que apresentar e da vontade dos eleitores. É importante ter em conta que os eleitores, mesmo quando votam num partido, não são sua propriedade e não podem ser “roubados” por outro partido. Os eleitores deslocam livremente os seus votos, segundo a sua vontade. Se um partido capta eleitores de outro, tem toda a legitimidade para o fazer e tem, provavelmente, mérito. Mas, o que é mais importante, é que o novo partido também pode recuperar para a política e para o voto muitos desiludidos da esquerda e até atrair eleitores de outras áreas políticas.

 

A propósito das críticas (algumas soezes) que o anúncio da criação do Livre suscitou seria importante que os cidadãos de esquerda tivessem presente que criar um partido é algo fundamental numa democracia e um gesto de generosidade cívica. E lembrar que ninguém está obrigado a concordar, a aderir ou a votar no novo partido. Dizer, a propósito da criação de um novo partido de esquerda, que os seus criadores só querem tachos e são oportunistas apenas reproduz o discurso populista antipolítica e antipolíticos que alimenta a abstenção, que alegra a direita tecnocrática e que tem dificultado o apoio popular a um projecto político diferente."