É já no
domingo, e ainda estou no Voto o quê?
Voto em quem?
Obviamente,
para mim só existem três hipóteses de voto: PCP, Bloco de Esquerda e Livre.
Estou-me aqui
a lembrar que já votei PS quando, salvo erro em 1985, Maria de Lourdes
Pintassilgo foi sua cabeça de lista para o Parlamento Europeu. Grandes tempos,
grandes listas. Adiante!
Matuto,
então:
- O PCP
defende a saída do Euro, e acho que até voltou a ser antieuropeu, mas não
explica se é para ficarmos orgulhosamente sós num mundo organizado em grandes
blocos ou se será para aderirmos ao Mercosul.Depois, o João Ferreira tem menos carisma que uma cebola − a cebola sempre me faz chorar, ele, nem isso.
- O Bloco de
Esquerda propõe-se desobedecer à Europa da austeridade.
Acho bem,
mas também ainda não percebi como o vai fazer, e o que esperam que aconteça no
pós-desobediência. Será que tudo acaba na segunda-feira, como o Carnaval acaba
na quarta, e adeus até daqui a cinco anos?Também acho que a Marisa Matias precisa que isto acabe depressa…
- O Livre
está cheio de boas ideias e quer aprofundar a democracia na Europa. Isso é que
era mesmo bom, mas se para o fazer está disposto a mandar o “pai” emigrar
deixando o recém-nascido sozinho por aqui, aí já acho mal. Quero o Rui Tavares
por cá, na política nacional.
De modo que,
certeza, tenho apenas a de concordar completamente com o que Pacheco Pereira
escreveu no Público:
Hoje, a União Europeia
é um monstro híbrido e perigoso, controlado por uma burocracia que detesta a
democracia e que acha que “ela” é que sabe como se deve “governar” a Europa e
cada país em particular. (aqui)
Muito bom,
não é? Mas como contrariar isto? Continuo à rasca.