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domingo, fevereiro 27, 2022

Guilty pleasures 

 

Passear de mãos nos bolsos pelas avenidas de Lisboa, gozando o sol e a tranquilidade de domingo, sabendo que precisamos é de chuva e não de sol e que, a 4000 quilómetros, milhares de outras mulheres com suas crianças vivem debaixo do chão para fugir das bombas do plutocrata Putin - guilty pleasures.

segunda-feira, setembro 15, 2014

Agressão aos sentidos


















 
 
 
 
 
 
 
Num dos debates de Antónios, ouvi o Costa António dizer que a reforma das freguesias só correu bem em Lisboa, e porque a Câmara resolveu nela participar.

Territorialmente, pode até ter corrido bem, não sei, mas na reorganização dos serviços, como a limpeza do espaço público atribuída às freguesias, está à vista que correu pessimamente.

Num momento em que Lisboa pode receber, num só dia, sete barcos de cruzeiro, e ganhar um milhão de euros pelos serviços fornecidos aos “marujos”, nem assim alguém se mobiliza para lhe providenciar cuidados básicos de higiene.

Pelas ruas e avenidas voam sacos de plásticos e folhas de jornal, rolam garrafas de cerveja e latas de refrigerante; as folhas das árvores tapam as entradas de esgotos, os caixotes do lixo transbordam e tresandam, e as poias dos cães, a cada passo, são um insulto ao munícipe pagador de taxas.

Há meses que não vejo um varredor.

A incúria, a desmoralização, a badalhoquice, a falta de brio, o desmazelo, o feio, invadem-nos e agridem-nos os sentidos.

Correu mal, senhor Presidente, é óbvio que correu mal. 
Só não percebo por que são sempre precisos anos para corrigir os erros.


Imagem daqui

sexta-feira, maio 04, 2012

Pensamento de rico em país de pobre

Cada vez percebo menos disto tudo. Depois de me terem azucrinado a cabeça durante anos dizendo que vivemos acima das nossas possibilidades, entra em vigor uma medida que não permite aos carros mais antigos e “poluentes” circularem na maior parte da cidade de Lisboa.
Qualidade do ar, dizem eles; diretivas europeias, dizem também.
Se bem conheço os portugueses, quem anda num carro de 1992 ou 1996, na maioria das vezes não o faz por amor ao objecto, mas porque não quis endividar-se para comprar outro, ou seja, não quis viver acima das suas possibilidades.

Aprendida a lição moralista, pensávamos agora que isso é que estava certo, mas, afinal, também não está, e o chicote está sempre pronto para usar nas costas dos mesmos.

Os nossos padrastos europeus, lá do alto das suas muito correctas inquietações dizem-nos: sofram, paguem as dívidas com o juro que nós quisermos, entreguem a casa ao banco, matem as galinhas poedeiras, comam da caridade e deitem fora a carripana.

Diretivas europeias, dizem os senhores da Câmara.
Pensaram em adiá-las mais um pouco? Sim, alguns pensaram, e até houve quem votasse contra a sua entrada em vigor.
Por o momento ser mau?
Ora, ora, santa ingenuidade. Não foi nada disso.
Foi apenas porque no Código da Estrada não há sinal para tal proibição.