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quinta-feira, abril 04, 2013

Sr. Crato/Sr. Relvas


Em verdade vos digo, meus amigos, que já nem os posso ver.
Estou farta deles todos, e cada vez mais me sinto à espera que caiam − da cadeira, da escada, ou mesmo da cama, tanto faz, o que é preciso é que caiam.

Exceptuando Paulo Macedo, não há ninguém naquele bando, que se intitula “governo de Portugal”, que me mereça um pingo de respeito, ou simpatia, ou consideração.

Quando o governo foi formado, alguns dos seus ministros deixavam-me uma pequena esperança de que talvez, pelo seu carácter ou competência profissional, pudessem melhorar um governo que já me parecia muito mau e iria aplicar políticas de desastre.

Afinal, também esses o integraram apenas porque o seu nível não destoava do conjunto.

Falo de, por exemplo, de Nuno Crato. Homem das matemáticas e crítico do sistema educativo, talvez aligeirasse a mediocridade governativa, pensei.

Ó mulher ingénua, ó grande lorpa!

Para além de outras suas malfeitorias que, por vezes, raiam a crueldade, acabámos de saber que tem na gaveta, há dois meses, o relatório sobre a licenciatura do Relvas, caso de que falou, e fala, o país inteiro.

Entre dar aos portugueses as respostas que eles esperam há demasiado tempo e a solidariedade com o trafulha do colega ministro, que escolhe o cretino do Crato?

A segunda hipótese, claro!
E porquê?
Porque, um com curso e outro sem ele, ambos são farinha do mesmo saco e merecem-se.
Eu é que, tenho a certeza, não os mereço a eles.

PS: a foto é pequenina porque, reafirmo, já nem os posso ver.


terça-feira, julho 17, 2012

Anedotário

Por essa Europa fora, estamos fartos de ver casos de políticos afastados dos seus lugares por terem amigos “errados”, por aceitarem dinheiro “errado” para si ou para o seu partido, por estarem no sítio “errado” à hora “errada”, por terem mentido, ou por plagiarem uma tese de doutoramento. A Europa política está podre mas ainda teme os juízos morais das suas populações.
Estes homens e mulheres demitem-se ou são demitidos.

Em Portugal temos um poderoso ministro, o número dois do governo, que já mentiu ao Parlamento, já pressionou intoleravelmente jornalistas e que agora tem nos braços uma licenciatura ganha como brinde do bolo-rei.

Que acontece por aqui?
O primeiro-ministro acha que é um não-assunto, uma parte do seu partido achincalha (caso de Alberto João) e outra parte dá conselhos de substituição apresentando substituto e tudo (caso de “vigário” Marcelo).
Estão lindos, estão, e o desnorte é total.

Que faz o bom povo português?
Na sua esmagadora maioria faz anedotas, ri-se muito e o homem vai ficando.
Um povo do caraças, este.

Nota: a foto usada é do Público, corre nas redes sociais, data de 2004 e é uma pérola.


quinta-feira, julho 05, 2012

Tempo de cortar a relva

A perseguição a José Sócrates começou com o “caso” da sua licenciatura.
Como a vingança se serve fria, o poderoso ministro Relvas começa agora a provar do mesmo veneno.

Para começar, aqui na parvónia, não se pode ser político sem uma licenciatura, e por isso, se ela não existe, arranja-se; basta ter connections.

Levantada a questão, aí está de novo o manto de silêncio e secretismo que cobre as nossas instituições. As pautas são públicas, mas a Universidade Lusófona, quando questionada sobre o percurso académico do ministro, nada diz. Segredo, mais um segredo.

Tenho para mim que Sócrates e Relvas não fizeram cursos, pediram-nos aos amigos que foram arranjando nos meios políticos e empresarias.

Não serão os únicos neste país de “compadres”, mas lástima mesmo
é verificar, todos os dias, que este modo tão português  de estar na vida, com base no desenrascanço e no expediente, invadiu o topo da hierarquia política.

Para concluir a composição do ramalhete, falta apenas acrescentar que, segundo o jornal i, Feliciano Barreiras Duarte, actual secretário de Estado de Relvas, “era professor do curso de Relvas na Lusófona” e, enquanto deputado, foi coordenador dos deputados do PSD na Comissão Parlamentar de Ética Sociedade e Cultura. Tal qual o Rodrigues dos gravadores.

Ele há coincidências, oh!, se há!