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sexta-feira, janeiro 02, 2015

(Re) Começo















 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Flaubert ensina-nos a olhar para a verdade e não temer as suas consequências; ensina-nos, como Montaigne, a dormir na almofada da dúvida; ensina-nos a não nos aproximarmos de um livro em busca de pílulas morais ou sociais: a literatura não é uma farmacopeia; ensina a superioridade da Verdade, da Beleza, do Sentimento e do Estilo. E se estudarmos a sua vida privada, ensina a coragem, o estoicismo, a amizade; a importância da inteligência, do ceticismo e da imaginação; a palermice do patriotismo barato; a virtude de ser capaz de ficar sozinho no quarto; o ódio à hipocrisia; a desconfiança nas teorias; a necessidade de falar com simplicidade.”

Julian Barnes
“O Papagaio de Flaubert”
Quetzal

 
Tudo isso e o mais que a vida trouxer neste ano ainda novinho em folha.
Começo ou recomeço.
Aprender ou reaprender.

 
Imagem roubada ao blogue SEGUNDA LÍNGUA, num post intitulado “Portas onde nos apetece estar”

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

"O Sentido do Fim"


“Quantas vezes contamos a história da nossa vida?
Quantas vezes adaptamos, embelezamos, fazemos cortes matreiros? E, quanto mais a vida avança, menos são os que à nossa volta desafiam o nosso relato, para nos lembrar que a nossa vida não é a nossa vida, é só a história que contámos sobre a nossa vida. Que contámos aos outros mas – principalmente – a nós próprios”





“O Sentido do Fim”
Julian Barnes
Ed. Quetzal
pag. 100

Ao saber que “O Sentido do Fim” de Julian Barnes ganhou o Man Booker Prize 2011, não se estranha, mesmo não conhecendo a concorrência.

Através da história de vida de Tony Webster, Julian Barnes coloca-nos perante questões essenciais - como construímos as nossas memórias, qual o seu grau de veracidade, o que nos escapou, o que não quisemos saber, o que preferimos esquecer, o que presumimos, como escolhemos viver a nossa vida, onde nos perdemos daquilo que eramos na juventude, o que manipulámos?

Servidas por uma escrita prodigiosa, estas 152 páginas lêem-se dum rufo, ainda que nelas haja muito para meditar e muitos parágrafos para reler.
Grande literatura, sim.