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segunda-feira, agosto 29, 2011

Estranho país, Israel

No Museu do Chiado, pude ver recentemente um vídeo de Nira Pereg – Sabbath 2008, em que se assiste ao encerramento ao trânsito de zonas ultra-ortodoxas de Jerusalém, para celebração do Sabbath, encerramento levado a cabo pelos próprios judeus ultra-ortodoxos, com autorização do município.
Não deixa de ser bizarro, no século xxi, ver aqueles homens e crianças de cabeça coberta, roupa preta e trancinhas a impedir a circulação de todos os outros cidadãos.
Veio-me à memória um artigo de Amos Oz, o mais conhecido escritor Israelita, que o DN publicou não há muito tempo, em que o escritor fala dos movimentos dos jovens acampados (lá também) e da situação actual de Israel, apontando especificamente o custo destes cidadãos para o Estado como um das razões para as dificuldades sentidas, entre outras (os milhões gastos a construir colonatos e a desigualdade distributiva). Escreve ele:


…Em segundo lugar, nos montantes astronómicos canalizados para as escolas ultra-ortodoxas, onde crescem gerações de vagabundos ignorantes, cheios de desprezo para com o Estado, o seu povo e a realidade do século xxi.

Depois, ainda me lembrei que a rua de Lisboa onde se situa a embaixada de Israel também tem uma barreira que a fecha ao trânsito.
E penso ainda: estranho país este, Israel, que parece só saber viver levantando muros e barreiras.
Nota: a imagem pertence ao vídeo de Nira Pereg e foi retirada do site do MNAC.