Não percebo
o alarido que houve com esta notícia de há uma semana.
Acho
absolutamente normal que o Secretário de Estado da Cultura necessite de três
adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, um chefe de
gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares e três
motoristas, para fazer NADA.
Acho mesmo
que é o pessoal mínimo para tanto Nada.
Por isso
acho também normal que tenha contratado um novo assessor, para o ajudar a fazer
um pouco mais de Nada.
Gosto de ver
as pessoas a progredirem na vida, como o tal Mestre João Filipe Vintém Póvoas,
de 24 anos, o contratado.
Este pobre,
só tinha um Vintém, já nem os três tinha, mas agora passa a ter todos os meses
uns 3069 euros.
Criticar
isto é ser invejoso; e isso é feio, muito feio.
O senhor
Secretário de Estado da Cultura, perante tanta inveja, veio pedir que o
deixássemos gerir os seus recursos humanos.
Ó senhor
Secretário, por quem sois. Nós, portugueses não só o deixamos gerir os SEUS
recursos humanos como o deixamos gerir o NOSSO dinheiro.
Dizem que o
senhor se preparou a vida inteira para ocupar este lugar; então não havíamos de
querer que fosse feliz nele?
Veja se
precisa de mais alguém para o ajudar. Nós já estamos por tudo, de tal modo que
já nem saímos da posição dos patinhos na canção infantil − “…cabeça para
baixo/rabinho para o ar” − lembra-se?
E isto
também é cultura a preservar.
Txiii,
quanto NADA para fazer!